O negociador palestino Saeb Erakat apelou nesta sexta-feira a Israel que aceite a oferta do Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU) visando a retomada das negociações de paz, e insistiu no congelamento da colonização dos territórios palestinos.
"Estamos preparados para assumir nossas responsabilidades com base no Mapa da Paz e no direito internacional", disse Saeb Erakat, citado pela agência France Presse.
Um alto responsável israelense revelou que o país está "estudando a declaração" do Quarteto.
O estudo da proposta havia sido solicitado nesta sexta-feira pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Ela pediu a palestinos e israelenses para "aproveitar" a oportunidade e retomar o diálogo proposto pelo grupo de negociação.
"Instamos ambas as partes a aproveitarem esta oportunidade para voltar ao diálogo", disse Hillary a jornalistas na ONU, onde o presidente palestino, Mahmoud Abbas, apresentou esta sexta-feira o pedido de adesão de um Estado da Palestina às Nações Unidas, apesar da oposição de Estados Unidos e Israel.
Segundo a declaração divulgada na ONU, o Quarteto propôs alcançar um acordo de paz entre israelenses e palestinos "antes do fim de 2012", para o qual "em um mês haverá um encontro preparatório entre as partes para acertar a agenda e os métodos de procedimento da negociação".
"A proposta do Quareto mostra a firme convicção da comunidade internacional de que a paz justa e duradoura só pode ser alcançada através de negociações entre as partes", disse Hillary.
Os Estados Unidos, que têm poder de veto no Conselho de Segurança, prometeram rejeitar a solicitação de adesão do Estado palestino, alegando que a negociação direta com Israel é o único caminho para a paz.
poxa eu preciso saber o nome dos acordos propostos pela ONU para israelenses e palestinos em 2011.
ResponderExcluirse alguém pudesse me responder eu agradeceria...
Negociadores da União Europeia (UE) propuseram um cronograma para garantir um acordo entre israelenses e palestinos, disseram fontes diplomáticas. Por sua vez, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, propôs que a ONU conceda aos palestinos o status de “estado observador”, enquanto se estabelece um mapa para a paz dentro de um ano. Os próprios palestinos aparentaram mais flexibilidade ao afirmar que estão dispostos a dar tempo ao Conselho de Segurança da ONU para que considere o pedido.
ResponderExcluirAs negociações entre árabes e judeus, patrocinadas pelos Estados Unidos, foram bloqueadas no ano passado, quando Israel pôs um ponto final a uma moratória para a construção de assentamentos em territórios ocupados. Em retaliação, a liderança palestina assegurou oque irá pedir o reconhecimento de um estado palestino de pleno direito na ONU, o que deve ocorrer nesta sexta-feira. Na Assembleia Geral desta semana, em Nova York, líderes internacionais tentam evitar um bloqueio diplomático à solicitação palestina, enquanto os Estados Unidos ameaçam vetar um eventual reconhecimento.
Proposta europeia - O cronograma proposto pela UE começa com novas negociações no prazo de um mês e termina com um acordo completo no ano que vem. A sugestão foi apresentada pela representante da UE para as Relações Exteriores, Catherine Ashton, durante conversações que manteve com líderes palestinos, israelenses e funcionários americanos, disseram as fontes diplomáticas.
A proposta também foi impulsionada por Sarkozy. O presidente francês declarou na Assembleia Geral da ONU: “É necessário se alcançar um acordo em um mês, para que as negociações sejam retomadas, em seis meses para se chegar a um acordo sobre fronteiras e segurança, e em um ano para se alcançar um acordo definitivo”. Ele advertiu, ainda, que um veto do Conselho de Segurança às ambições palestinas arriscaria deflagrar um novo ciclo de violência no Oriente Médio.
"Hoje estamos diante de uma escolha muito difícil. Cada um de nós sabe que a Palestina não pode obter imediatamente o reconhecimento pleno e completo do status de estado membro das Nações Unidas", afirmou ele. "Por que não prever oferecer à Palestina o status de estado observador nas Nações Unidas? Isso seria um importante passo avante. Mais importante: isso significaria sair do estado de imobilidade que favorece apenas aos extremistas. Estaríamos restaurando a esperança marcando o progresso rumo ao status final", disse ele. Um porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou que Abbas estudará as propostas de Sarkozy.
Flexibilização – Em um sinal de leve flexibilização, um alto funcionário palestino declarou que os palestinos estão dispostos a dar tempo ao Conselho de Segurança da ONU para que considere o pedido de adesão. “Abbas dará algum tempo ao Conselho de Segurança para considerar nossa plena adesão como membro, antes de recorrer à Assembleia Geral da ONU”, disse o negociador palestino Nabil Shaath à imprensa.