Um porta-voz das Forças Armadas de Israel afirmou que soldados foram atacados com explosivos no sul de Israel, depois de um ataque contra um veículo e uma emboscada contra um ônibus com civis.
O porta-voz militar, o brigadeiro Yoav Mordechai, disse que há mortos e feridos, mas ainda não há confirmação do número de vítimas. Ele disse ainda que as vítimas incluem soldados e civis.
A Rádio Israel reportou uma explosão na cidade de Beersheba, no sul de Israel, mas não há confirmação de que se trata do mesmo ataque.
Mais cedo, a imprensa relatou que um grupo de homens armados abriu fogo contra um ônibus israelense que viajava perto da fronteira com o Egito. As agências de notícias citam ao menos cinco feridos, mas a TV israelense já fala em vários mortos.
O ônibus foi atacado na estrada 12 de Israel, uma estrada deserta que fica cerca de 30 km ao norte da cidade de Eilat, no mar Vermelho. A estrada passa a apenas metros da fronteira aberta com o Egito.
A Rádio Israel diz que vários homens armados em um carro fizeram uma emboscada contra o ônibus, que levava civis. Um repórter da rádio no local afirmou que foi um ataque terrorista, mas as autoridades ainda não se pronunciaram.
Imagens da televisão local mostram vários buracos de bala no para-brisa do ônibus e janelas quebradas na lateral.
Membros de uma unidade policial especial conseguiram localizar os responsáveis pelo ataque e iniciaram um tiroteio. Segundo Mordechai, os criminosos usavam armas pesadas, possivelmente morteiros e explosivos.
Mordechai disse ainda que houve um ataque a um carro de passageiros. Membros da equipe de emergência da região dizem que ao menos cinco ficaram gravemente feridos neste ataque.
As informações, contudo, ainda são divergentes. A agência de notícias France Presse, que cita o porta-voz da empresa viária, diz que os dois ataques foram contra ônibus da companhia pública Egged, que circulavam entre Beersheva e Eilat, levando militares que viajavam ao balneário para passar o fim de semana.
O Egito ampliou recentemente a segurança no deserto do Sinai, que faz fronteira com Israel e com a faixa de Gaza. As forças de segurança egípcias disseram na terça-feira que uma operação contra grupos armados no norte do Sinai acabou com quatro militantes islâmicos presos. Eles planejavam explodir gasodutos.
Agentes da inteligência dizem que os grupos militantes aproveitam o vácuo na segurança deixada pela queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro, após 18 dias de revolta popular. Desde então, o governo está nas mãos de um conselho militar que organiza a transição para a democracia.