JERUSALÉM - A Knesset, Parlamento israelense, decidiu nesta segunda-feira, 8, convocar uma sessão extraordinária, apenas alguns dias depois de fechar o período de sessões, para debater sobre os protestos, que continuam se intensificando e levaram 300 mil pessoas às ruas no sábado.
Os deputados terão que interromper seu recesso para debater sobre os protestos, já que as reivindicações da população só aumentam. Foram os partidos da oposição, liderados pelo Kadima, que solicitaram a convocação, informou o site do jornal Haaretz.
O Kadima apresentou as assinaturas necessárias para convocar a sessão, com um debate intitulado: "O Governo impositor de Netanyahu está desligado do povo e ignora seu protesto social". A líder do partido, Tzipi Livni, já havia pedido na semana passada a prorrogação do período de sessões, mas não obteve sucesso.
'Não é momento de tirar férias'
"A Knesset não pode iniciar o recesso, deve continuar trabalhando. As reformas que respondam ao que está ocorrendo nas ruas devem vir da Knesset. Não é o momento de tirar férias", declarou na ocasião.
Espera-se que a sessão extraordinária ocorra nesta quarta-feira ou na próxima segunda-feira. Na manhã de hoje, centenas de aposentados e idosos protestaram em Tel Aviv para mostrar seu apoio aos jovens "indignados" que realizam manifestações por todo o país motivadas principalmente pelo aumento dos preços das moradias.
Já os idosos pedem ainda a diminuição do preço dos remédios, o cancelamento do imposto sobre valor agregado aos produtos de primeira necessidade e que não haja redução nos valores das aposentadorias.