O Exército de Israel prepara-se para um possível confronto armado com a Síria
em setembro, informou nesta quinta-feira o diário israelense Ha'aretz. As
Forças de Defesa israelenses acreditam que, se em setembro - após a solicitação
dos palestinos à ONU de seu reconhecimento como Estado independente - centenas
de palestinos da Síria tentarem entrar no território ocupado por Israel das
Colinas de Golã, como aconteceu em maio e junho, o presidente sírio Bashar al
Assad pode enviar seus militares à zona.
Segundo indica o diário, a atual tensão na Síria, com protestos populares que
o Exército reprime com violência há cinco meses, pode levar Assad a buscar um
enfrentamento fronteiriço para distrair a atenção interna e as críticas
internacionais. O Exército israelense também treina para a possibilidade de que
em setembro haja grandes protestos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Os militares israelenses se preparam para utilizar sobretudo armas não letais
de controle de massas, e consideram que, se houver violência na Cisjordânia, não
será necessário enviar tanques, uma vez que já não existem as redes terroristas
e as armas que havia na região durante a Segunda Intifada, indica o
correspondente militar do Ha'aretz. O Exército também considera a
possibilidade de confrontos nas fronteiras com o Líbano e a Faixa de Gaza.