JERUSALÉM - O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou nesta terça-feira, 5, aos organismos de segurança atuarem com determinação para impedir desordens no aeroporto de Ben Gurion, às vésperas da chegada de centenas de ativistas pró-palestinos.
"Todos os países têm o direito de impedir a entrada de provocadores em suas fronteiras", justificou Netanyahu durante uma reunião com os responsáveis dos serviços de segurança do aeroporto, próximo a Tel Aviv.
Israel prepara-se para receber centenas de ativistas pró-palestinos que vão declarar na chegada ao aeroporto que o objetivo da viagem é ir à 'Palestina'(os territórios palestinos, a nação não existe ainda), o que pode levar à deportação.
Netanyahu afirmou que Israel vai atuar como qualquer país civilizado submetido a provocadores e deu instruções às forças de segurança para "evitar distúrbios desnecessários".
Entre 600 e 800 ativistas devem chegar ao aeroporto Ben Gurion, principal via de acesso ao país, em uma campanha destinada a chamar a atenção sobre os obstáculos ao movimento na Cisjordânia.
Ao invés de disfarçar os motivos da visita (como fazem habitualmente para evitar que as autoridades migratórias israelenses impeçam a entrada), desta vez os ativistas dirão na fronteira que vêm à 'Palestina' para participar de atividades não violentas contra a ocupação israelense.
"Israel pode autorizar a entrada ou deportar a todos, mas esperamos permissão de entrada porque a missão é pacífica", declarou à Agência Efe Mazin Qumsiyeh, da organização "Rede para a Justiça na Palestina" organizadora do evento.