O projeto Gvahim New Wave tem como objetivo ajudar os novos imigrantes para terem sucesso em Israel em empreendimentos high-tech com uma incubadora de empresas de alta tecnologia.
A indústria de alta tecnologia de Israel se beneficia com a chegada de novos imigrantes, que muitas vezes chegam com graus acadêmicos de prestígio, ampla experiência em empresas internacionais e falando o inglês como sua língua materna. Esta nova iniciativa visa integrar estas pessoas na cena high-tech de Israel.
O projeto chamado de Gvahim New Wave foi lançado por duas imigrantes recém-chegadas, Audrey Chocron e Cynthia Phitoussi. A dupla está planejando o lançamento em outubro de uma aceleradora de empresas iniciantes para os novos imigrantes, e também esperam que os que já lá moram se juntem ao grupo.
As fundadoras, que vieram da França tinham observado que muitos dos novos imigrantes vinham para Israel com excelentes experiências de trabalho, mas não tinham as conexões ou contatos nem os recursos para utilizá-los corretamente explicou Phitoussi, e considerou isso uma pena e dizendo que muitos imigrantes tinham abandonado carreiras promissoras e que desejariam iniciar novas empresas em Israel, mas que encontravam dificuldades
Inicialmente Chocron e Phitoussi tinham pensado em criar um espaço de trabalho conjunto para os imigrantes e fizeram uma parceria com a Gvahim, que é uma entidade sem fins lucrativos, cujo objetivo é ajudar a integração dos novos imigrantes. De acordo com Gvahim 86 mil imigrantes chegaram à Israel entre 2005 e 2010, e entre eles estavam 11.000 com nível universitário e entre eles 20% eram engenheiros.
As duas estudaram diferentes modelos para auxiliar futuros empresários, e partindo da idéia inicial de um espaço de trabalho conjunto, elas decidiram que precisavam de uma aceleradora de empresas novas para imigrantes – em alguns aspectos semelhantes à Combinator Y do Vale do Silício americano, explicou Phitoussi. Elas contataram imigrantes que trabalhavam com a Gvahim e os convidaram para fazerem parte da aceleradora. A iniciativa recebeu uma resposta positiva e como resposta receberam pedidos de 45 potenciais start-ups (empresas iniciantes). Sete foram aceitos. Alguns empresários estão por trás de cada iniciativa explicou Phitoussi, e a organização espera apresentá-los a israelenses que nasceram ou já moram em Israel, que também se juntariam às equipes.
A aceleradora ainda não tem espaço físico para os seus escritórios, e Phitoussi e Chocron estão considerando várias opções.
Os participantes da aceleradora estarão trabalhando com 'conselheiros' e voluntários que irão ajudá-los, incluindo Jon Medved que é o fundador da Vringo e Shay Izar que é o gerente geral do fundo de capital de risco Canaã Partners. Cada 'conselheiro' ou 'tutor' se reunirá duas vezes por mês com a sua equipe de empreendedores e também oferecerão assistência contínua, esclareceu Chocron. A aceleradora também irá realizar seminários semanais sobre temas como mídia social ou como se candidatar para a obtenção de capital de risco, explicou Phitoussi.
Depois de seis meses os participantes irão apresentar suas idéias para potenciais investidores. Embora muitas aceleradoras cobrem uma percentagem do capital das empresas iniciantes Phitoussi e Chocron pretendem cobrar dos participantes algumas centenas de shekels por mês para a cobertura das despesas, mas principalmente para terem certeza que os participantes estão firmes nos seus propósitos.
A primeira rodada da aceleradora está sendo considerada como um piloto disse Chocron, e elas esperam ter 25 empresas potenciais iniciantes além de várias indústrias participando do segundo turno, ela disse. Elas querem ver as empresas terem sucesso para que mais imigrantes em potencial da Europa ou dos Estados Unidos vejam os benefícios para virem para Israel, Chocron acrescentou.
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