Entre os detidos, há um alto militar do Exército paquistanês que teria monitorado a entrada e saída de veículos do complexo onde o líder da Al Qaeda se escondia em Abbottabad, no Paquistão.
As detenções representam um novo golpe às relações entre o país asiático e os EUA, que foram degradando progressivamente desde a operação militar americana realizada no último dia 2 de maio para abater o terrorista mais procurado do mundo.
Nas semanas posteriores à operação, Washington tentou reparar as deterioradas relações, o que levou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a viajar no fim de maio a Islamabad para se reunir com os principais líderes do Paquistão.
Hillary viajou acompanhada pelo chefe do Estado-Maior americano, Mike Mullen, e dias antes tinham se deslocado ao Paquistão o senador John Kerry e delegações oficiais lideradas pelo enviado dos EUA a Afeganistão e Paquistão, Mark Grossman, e pelo "número dois" da CIA, Michael Morrell.
No entanto, as relações entre os dois países não parecem ter melhorado. Os EUA afirmaram publicamente que se reservam o direito de pôr em prática novas ações unilaterais contra os insurgentes no Paquistão, enquanto Islamadad se queixa que estas ações representam uma violação de soberania.
Em represália pela operação americana contra Bin Laden em solo paquistanês, o Governo de Islamabad pediu a retirada de 200 militares americanos que trabalhavam como assessores no Paquistão.
Segundo informa nesta terça-feira o "The New York Times" em sua edição digital, por enquanto se desconhece o estado e o paradeiro dos informantes da CIA que foram detidos no Paquistão. Também não se informou sua identidade nem quando as detenções foram realizadas.