O movimento radical islâmico Hamas responsabilizou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pela continuação em cativeiro do soldado Gilad Shalit, capturado há cinco anos perto da Faixa de Gaza.
O porta-voz do Hamas Sami Abu Zuhri afirmou, num comunicado enviado aos meios de informação, que Netanyahu "é responsável por não ter sido possível alcançar uma acordo para uma troca de presos com o Hamas".
Zuhri reagia ao anúncio feito na quinta-feira pelo primeiro-ministro de Israel de que vai endurecer a situação dos presos palestinianos, sem contudo dar pormenores sobre medidas em concreto.
"As excelentes condições de que desfrutam os terroristas nas prisões israelitas vão acabar", disse Netanyahu numa conferência em Jerusalém.
Sobre estas declarações, o porta-voz do Hamas afirmou que "o endurecimento das medidas contra os presos mostra que (Netanyahu) quer disfarçar o seu fracasso em conseguir um acordo e o fracasso das suas forças de segurança em localizar o local onde Shalit permanece cativo".
No sábado, 25 de junho, assinala-se o quinto aniversário da captura de Gilad Shalit, na altura com 19 anos. O soldado israelita foi raptado junto à Faixa de Gaza por um comando palestiniano que integrava elementos de três grupos armados, incluindo o braço armado do movimento radical Hamas, as brigadas Ezzedine al-Qassam.
As negociações indiretas entre Israel e o Hamas previam a troca do soldado por um milhar de presos palestinianos, mas estão num impasse devido a desacordo quanto à identidade dos presos e ao local onde poderiam viver. Israel recusou libertar na Cisjordânia presos envolvidos em ataques.