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Hamas rejeita indicação de premiê e provoca revés em negociações

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A reconciliação entre o Hamas e a Fatah, anunciada com pompa no mês passado, sofreu um sério revés ontem, após o grupo radical islâmico rejeitar a proposta de que o economista respeitado internacionalmente Salam Fayyad permaneça como primeiro-ministro da Autoridade Palestina (AP).
Depois de várias semanas de deliberações, o comitê central da facção Fatah pronunciou-se em favor de Fayyad. Mas o Hamas disse que o primeiro-ministro deve ser alguém da Faixa de Gaza, território que está sob controle do grupo islâmico desde que ele expulsou as forças ligadas à Fatah, em 2007.
"O Hamas não concorda em dar seu voto de confiança a Salam Fayyad para comandar o governo de união nacional", disse Salah Bardawil, integrante do grupo.
O anúncio pode afetar uma nova rodada de conversações sobre a formação de um gabinete prevista para amanhã no Cairo. Não está claro se o anúncio de ontem do Hamas era uma decisão final ou uma estratégia de barganha.
Ironicamente, um impasse no processo de reconciliação pode dar um impulso aos esforços dos Estados Unidos de retomar as conversações de paz, pois Israel rejeita negociar com um governo palestino que inclua militantes do Hamas.
A eleição de Fayyad daria segurança à comunidade internacional, se bem que o mandato dele se limitaria, principalmente, a organizar as eleições para meados de maio de 2012 e iniciar a reconstrução da Faixa de Gaza, devastada por uma ofensiva de Israel entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009.
Em maio, o presidente americano, Barack Obama, qualificou a reconciliação entre o Hamas e a Fatah de "um enorme obstáculo à paz". Mas os outros membros do chamado "Quarteto para o Oriente Médio" (União Europeia, ONU e Rússia) acolheram favoravelmente a reconciliação palestina como um fator de paz. Em 30 de maio, Mohamed Musatafá, o presidente do Fundo de Investimentos Palestinos e conselheiro econômico do presidente da AP, Mahmoud Abbas, indicou que poderia assumir a função de primeiro-ministro se lhe pedissem, candidatura à qual até agora o Hamas não manifestou seu veto.
Para Abbas, que espera estabelecer um Estado em Gaza e na Cisjordânia, um governo de união é o único meio de representar todos os palestinos. Para o Hamas, o acordo é um meio de se livrar dos quatro anos de isolamento internacional. 

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