Segundo difundiu nesta segunda-feira a agência estatal de notícias MENA, Kholy precisou que a polícia lhe apreendeu ao detento um computador portátil, discos compactos e memórias flash com dados de inteligência que poderiam dañar interesses políticos e econômicos nacionais.
Assim mesmo, o Tribunal Supremo da Segurança do Estado ordenou 15 dias de prisão preventiva para o imputado a fim de poder avançar e concluir as investigações sobre sua suposta participação em fatos recentes de grande relevância para o Egito.
Em virtude dessa medida, Goren é interrogado sobre seus contatos com jovens e outros manifestantes nos protestos da praça Tahrir que durante 18 dias pressionaram para a renúncia de Hosni Mubarak.
A inteligência egípcia apresentou ao tribunal fotos do espião em Tahrir e no bairro cairota de Imbaba, onde faz mais de um mês se registraram letais confrontos entre muçulmanos e cristãos.
Ao que parece, Goren apresentou-se ante os opositores ao então presidente Mubarak e ante os cristãos afetados pelo incêndio de uma igreja copta em Imbaba como um jornalista ocidental interessado em realizar reportagens sobre aqueles fatos.
Igualmente, tratou de recrutar a jovens para que lhe passassem informação da situação política, econômica e social do Egito em pleno processo de transição à democracia, bem como do papel dos agrupamentos islâmicos e as tensões sectárias.
Por outro lado, a polícia assinalou que foi preso em sua casa da província de Beni Suef o egípcio Khaled Mahmoud Mostafa, de 39 anos, acusado de executar o atentado com uma bomba artesanal no mercado medieval cairota de Khan Khalili, onde morreu uma turista francesa.
Mostafa, cuja suposta ação provocou também feridas a outras 25 pessoas que frequentavam a praça turística do século XIV, tinha viajado repetidamente de forma ilegal à Faixa de Gaza para -segundo a versão oficial- se unir a milícias islamistas palestinas.