O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, declarou neste domingo que Israel está disposto a um cessar-fogo com as milícias palestinas na Faixa de Gaza e seus arredores que ponha fim à escalada de violência que matou 18 palestinos nos últimos três dias.
"Se eles pararem de disparar contra nossas comunidades, deixaremos de disparar. Se deixarem de disparar em geral, haverá calma, será bom", declarou Barak esta manhã à rádio israelense, segundo o jornal "Haaretz".
Na tarde deste sábado, o braço armado do Hamas, as Brigadas de Izz al-Din al-Qassam, fizeram chegar a Israel uma oferta de cessar-fogo, informou o jornal, o qual informou que as autoridades israelenses estavam a princípio de acordo em aceitar a oferta, mas iam esperar para comprovar que, efetivamente, o Hamas tinha cessado o lançamento de foguetes desde a faixa.
A noite passada foi relativamente tranquila, embora as milícias palestinas tenham lançado três bombas contra o território israelense do Neguev ocidental, que caíram sobre o Conselho Regional de Eshkol sem provocar danos graves nem vítimas, informou o serviço de notícias israelense "Ynet".
Um dos projéteis danificou um cabo elétrico e provocou um blecaute em uma área que durou várias horas.
Nos últimos dois dias os milicianos palestinos lançaram mais de 120 foguetes contra Israel, e a força aérea israelense realizou múltiplos ataques aéreos em represália que mataram 18 palestinos e feriram meia centena.
A escalada começou depois do disparo na quinta-feira de um foguete antitanque a partir de Gaza contra um ônibus escolar israelense, no qual ficaram feridos o motorista e uma criança.
Trata-se do período mais violento na faixa e seus arredores desde a operação militar israelense que no final de 2008 e começo de 2009 matou 1.400 palestinos e 13 israelenses.