Knesset aprova alterações à Lei da Cidadania permitindo que o Estado revogue os direitos de israelenses condenados por crimes relacionados ao terrorismo e a espionagem. Membros árabes do Knesset criticam essa mudança na legislação como o parlamentar Barakeh: Israel caminha para o fascismo.
O Knesset aprovou alterações à Lei da Cidadania que irão permitir ao Estado revogar a cidadania de israelenses condenados por crimes relacionados ao terrorismo, espionagem ou atos prejudicais a soberania do Estado de Israel. Trinta e sete deputados do Knesset votaram a favor das alterações, enquanto que apenas 11 se opuseram.
De acordo com a alteração na lei, que foi apresentada pelos Parlamentares David Rotem e Ilatov Robert (Yisrael Beiteinu) o Estado irá ampliar os poderes dos tribunais e das autoridades administrativas para poderem revogar a cidadania israelense de qualquer pessoa que espione para uma organização terrorista, colabore para um conflito armado, auxilie um inimigo em tempos de guerra, que serviu nas forças armadas inimigas ou que tenha realizado atos lesivos à soberania do Estado.
O parlamentar Mohammad Barakeh que é presidente do Partido Hadash protestou dizendo que a lei estaria levando o Estado de Israel em direção ao fascismo. "É possível que o uso excessivo da palavra deixe as pessoas insensibilizadas. Há uma espécie de aceitação, disse ele e acrescentando que "para todas as infrações que aparecem nesta alteração já existem penalidades previstas na lei".
A parlamentar Anastassia Michaeli (Yisrael Beiteinu) retrucou: "Há um limite Barakeh": "E você já os ultrapassou todos eles há muito tempo e não há mais palavras para descrever estas leis. O parlamentar Uri Ariel (União Nacional)" disse: "Então talvez você devesse parar porque você já usou todas as palavras".
Durante as deliberações o parlamentar Hanin Zoabi (Balad) disse:... "Há uma clara tendência fascista que está acontecendo hoje, o que não deveria surpreender qualquer um de nós. Alguém já construiu a infra-estrutura política, ideológica e mental para a revogação de cidadania. Pensam que vocês podem saltar da democracia para o fascismo de uma só vez?".
De acordo com o parlamentar Jamal Zahalka (Balad) há um limite para o descaramento racial oferecido pelo Knesset."Quem vocês vêem como um cidadão leal? Um cidadão patriota é alguém que abre mão dos seus direitos? Assim que eu exijo meus direitos, eu não sou mais um cidadão patriota? ... A lei internacional diz que um homem não pode ficar sem cidadania. Mesmo quando uma pessoa é executada nos EUA - a sua cidadania não é revogada Agora uma vem um partido que re-inventa a roda racista e coloca a revogação de cidadanias no livro da lei".
Durante as deliberações o parlamentar Hanin Zoabi (Balad) disse:... "Há uma clara tendência fascista que está acontecendo hoje, o que não deveria surpreender qualquer um de nós. Alguém já construiu a infra-estrutura política, ideológica e mental para a revogação de cidadania. Pensam que vocês podem saltar da democracia para o fascismo de uma só vez?".
De acordo com o parlamentar Jamal Zahalka (Balad) há um limite para o descaramento racial oferecido pelo Knesset."Quem vocês vêem como um cidadão leal? Um cidadão patriota é alguém que abre mão dos seus direitos? Assim que eu exijo meus direitos, eu não sou mais um cidadão patriota? ... A lei internacional diz que um homem não pode ficar sem cidadania. Mesmo quando uma pessoa é executada nos EUA - a sua cidadania não é revogada Agora uma vem um partido que re-inventa a roda racista e coloca a revogação de cidadanias no livro da lei".
"Não podemos permitir uma situação onde parlamentares traiam o Knesset e continuem a fazer parte deste país" afirmou o parlamentar Rotem, em referência ao caso do ex-presidente do partido Balad Azmi Bishara, que fugiu do país depois de ser sido interrogado várias vezes por ter ajudado o Hezbollah durante segunda guerra do Líbano. Bishara nunca foi indiciado em inquérito e ainda continua a atacar Israel em entrevistas à imprensa estrangeira. Na sequência de um recurso o Tribunal Superior de Justiça decidiu que Bishara continuará a receber sua pensão mensal como ex-parlamentar do Knesset.