Israel ataca Gaza após bombardeio de ônibus
Em resposta à explosão de um ônibus, Israel disparou contra Gaza
Tanques, helicópteros e aviões israelenses atingiram Gaza nesta quinta-feira, depois que um míssil do território palestino atingiu um ônibus no sul de Israel.
Oficiais do hospital de Gaza dizem que quatro pessoas foram mortas e outras 35 ficaram feridas em consequência dos disparos.
Horas antes, o ataque palestino a um ônibus escolar feriu gravemente um adolescente e o motorista do veículo.
O braço militar do movimento islâmico Hamas assumiu a autoria do ataque, e disse que o míssil era uma resposta à morte de três membros do grupo em uma investida israelense no começo da semana.
Após o ataque ao ônibus, um avião israelense bombardeou um complexo do Hamas no norte da Faixa de Gaza e outros alvos da Cidade de Gaza e em Rafah.
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, pediu que o exército agisse rapidamente.
Segundo Barak, Israel ativou, pela primeira vez, o Domo de ferro - um novo escudo anti mísseis do sistema de defesa do país - e conseguiu derrubar um foguete palestino.
Acredita-se que todos os principais líderes do Hamas se esconderam, na expectativa de novos ataques.
`Surtos de terror´
Militantes do Hamas atingiram um ônibus escolar com um míssel
O exército de Israel confirmou que um míssil anti-tanques foi usado pelo Hamas no ônibus. Seria a primeira vez que a arma foi usada contra um alvo civil israelense.
O ônibus levava alunos da escola para casa, perto do kibutz (comunidade agrícola) de Nahal Oz, mas tinha somente um passageiro quando foi atingido.
Em visita oficial a Praga, na República Tcheca, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que o país tomaria todas as ações necessárias para deter as investidas do Hamas.
"Esperamos que a situação seja contida, mas não deixaremos de tomar todas as ações necessárias, ofensivas e defensivas, para proteger nosso país e nossos cidadãos", disse o premiê.
Horas antes, Israel havia feito ataques aéreos a contrabandistas no sul da Faixa de Gaza.
Em apenas uma semana do último mês de março, pelo menos 10 palestinos - incluindo diversos civis e crianças - foram mortos em ataques israelenses.
No mesmo período, militantes em Gaza lançaram mais de 80 foguetes e morteiros no sul de Israel.
Segundo o correspondente da BBC em Gaza, Jon Donnison, o último mês foi o mais violento entre Israel e os territórios palestinos desde que Israel lançou uma operação militar "Cast Lead" em Gaza, em dezembro de 2008.
No final do mês, o Hamas esboçou a tentativa de restaurar um cessar-fogo que terminou no dia 16 de março, quando dois de seus militantes foram atingidos por aviões israelenses em seu território.
No entanto, Israel disse ter sofrido "surtos de terror e ataques de foguetes".
O correspondente da BBC diz que, apesar dos pedidos de calma feitos pela comunidade internacional, nenhuma das partes envolvidas no conflito consegue interromper as hostilidades. Ambos dizem que o outro lado começou.
Israel diz que o Hamas é responsável por todas as ofensivas vindas do território palestino, mesmo se outros grupos militantes realizam os ataques.