Depois de 11 dias de intensos protestos contra o governo, o presidente da Síria, Bashar Assad, teria aceitado nesta terça-feira (29) renunciar ao cargo. Ele estaria preparando um pronunciamento à nação, segundo informações da rede estatal de televisão da Síria.
O gabinete sírio apresentou nesta terça-feira (29) sua renúncia ao presidente Assad.
A notícias da renúncia ocorre em mais um dia de protestos na capital Damasco, exigindo reformas democráticas. Os manifestantes enfrentaram os policiais e foram duramente reprimidos. Ao mesmo tempo, a emissora estatal mostrou imagens de centenas de milhares de pessoas participaram de grandes comícios nas principais cidades do país para apoiar o presidente.
Os protestos são a maior ameaça a Assad, de 45 anos, que sucedeu seu pai, Hafez, depois de sua morte em 2000.
Histórico
As manifestações exigindo reformas democráticas e a supressão da lei de emergência começaram em meados de março em várias localidades do país. As concentrações foram duramente reprimidas em Deraa, cerca de 100 quilômetros ao sul de Damasco, com dezenas de mortos e feridos.
Ativistas da oposição e moradores de Deraa acusaram a polícia de disparar contra os manifestantes, informação negada pelas autoridades sírias, que sustentaram que grupos armados se infiltraram entre os manifestantes para provocar as forças de segurança. A população mesmo assim continuou saindo às ruas em manifestações pacíficas.
O regime se apressou em alegar que é alvo de um complô do exterior, que busca castigar o país por seu apoio a grupos opositores aos Estados Unidos, em uma clara referência ao grupo xiita libanês Hizbollah, ao palestino Hamas e às boas relações com o Irã.
* com informações da Agência Lusa e das agências internacionais.
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