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Tomada de Monte Castelo e a Comunidade Judaica


 Israel Blajberg 
Pracinhas em Monte Castelo - Coisas Judaicas
Neste fevereiro, recordando os bravos da FEB, vitoriosos no quinto e ultimo assalto a Monte Castelo, nossos pensamentos voltam-se para aqueles heróis. Mais do que nunca, é nosso dever manter acesa a chama dos seus ideais, elevar bem alto a sua bandeira de luta.
A Alemanha Nazista foi derrotada, mas 66 anos depois a Humanidade se defronta novamente com as mesmas ameaças do passado. Apenas os ditadores mudaram, mas a intolerância, racismo, xenofobia e fanatismo permanecem, acrescidos do terrorismo, negacionismo e da inversão de valores éticos e morais.
Contra tudo isso ha que continuar a luta dos heróis de Monte Castelo, que souberam dar a resposta cabal da Pátria Brasileira, covardemente agredida pela Alemanha Nazista. 38 navios mercantes torpedeados, 549 tripulantes e 502 passageiros afogados, 1051 preciosas vidas brasileiras.
Soldados Brasileiros Judeus estiveram lá, como os irmãos Moises e Alberto Chahon, que comandavam pelotões na cota 958, o soldado Carlos Scliar, o Capitao Salomao Naslauski. Por bravura em ação, o Tenente Moyses Chahon do Regimento Sampaio recebeu a Silver Star Medal, do V US Army.
O Brasil se orgulhou dos seus pracinhas, que enfrentaram os nazistas na neve das escarpas sob fogo de metralhadoras e morteiros do alto, levando apenas o armamento, a própria ração, e a coragem exemplar.
Neste inicio de 2011, o 21 de Fevereiro ganha significado ainda mais relevante. Como farol na escuridão lembra 66 anos depois que o mesmo perigo ainda ronda ameaçador. Que o Mundo desperte e se precavenha contra os que, sem pudor algum, assumem os mesmos contornos cruéis.
Elie Wiesel, Premio Nobel da Paz de 1986 e sobrevivente de Auschwitz, em sua obra interpreta o canto de uma geração perdida: “… desde o fim do pesadelo rebusco o passado… quanto mais longe vou, menos compreendo… talvez não haja nada a compreender…”
A Humanidade segue na corda bamba, sem conseguir entender que o compromisso de Wiesel, originado no sofrimento do seu povo, se amplia para abarcar todos os povos e raças oprimidas, e não se prende apenas ao passado, mas, o que é pior, ao futuro.
Passadas mais de 6 décadas, o significado da batalha de Monte Castelo está cada vez mais atual. Mas ainda há tempo. Novamente, é como se a cada dia estejamos lutando contra os mesmos inimigos, lançando outra vez as primeiras investidas contra o mal encastelado no alto da crista, tentativas plenas de sacrifícios e perdas, mas com a certeza de que a vitória sofrida um dia chegará, assim como na quinta tentativa, quando a FEB chegou ao cume da fortaleza.
Seis décadas se passaram, mas o pesadelo parece querer retornar. Por isso é tão importante que a cada ano sejam lembrados os combatentes de Monte Castelo, que com destemor ensinaram preciosa lição, deixando-nos seu legado para defender.

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