A Parasha desta semana fala sobre o mandamento Divino de construir um Santuário móvel no deserto. Mishcan significa uma morada, onde D-us se revela aos seres humanos.
D-us disse: “Façam para Mim um Santuário e Eu habitarei dentro deles”. Por que “dentro deles” e não como seria correto “dentro dele”?
Nossos sábios explicam que D-us habita dentro de cada iehudi, assim Ele usa o termo “dentro deles”. Construindo dentro de nos um Santuário individual, a Divindade se revela em cada um.
Hashem pediu para os iehudim trazerem ouro, prata e cobre dentre outros materiais para a construção do Mishcan. Não seria mais adequado usar na moradia de D-us somente ouro?
O Rebe explica que os três metais, ouro, prata e cobre simbolizam três tipos de iehudim e que Hashem queria que todos iehudim participassem da construção do Templo.
O OURO simboliza o mais alto nível do iehudi – O BAAL TESHUVA – aquele que retorna ao judaísmo.
A PRATA simboliza o TSADIK – o justo.
O COBRE simboliza o iehudi que por ora esta afastado do judaísmo.
Na Sinagoga, que é considerada um pequeno Santuário, se houverem nove pessoas justas, mesmo assim não formarão o quorum necessário. Porém, se tiverem dez iehudim dos mais variados níveis, estes sim formarão um quorum, que em hebraico é TZIBUR.
TZIBUR consiste de três letras: o Tzadik é acróstico de TSADIKIM (justos), o Bet é acróstico de BEINONIM (intermediários) e Resh é de RESHAIM (perversos). O judaísmo não diferencia entre um iehudi e outro.
Nunca julgue um iehudi por sua aparência e característica externa. Todos têm uma partícula Divina dentro deles – nossa Neshama – que devemos revelá-la e fazê-la incandescer o nosso corpo e nossas vidas através de boas ações.
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Teruma quer dizer Separar. Como o nome tem a ver com o contexto, Teruma quer dizer que o homem deve dar algo dele (separar algo que lhe pertence) para o Mishcan.
Mas SEPARAR e Mishcan não tem nada a ver. Tem o separar para o Cohen de um corban, mas o que tem isso a ver com a Parasha?
O Rebe pergunta por que não chama de outra forma, já que a Parasha começa dizendo “Façam para mim um Santuário e Eu vou morar dentro deles” e só depois fala de Teruma. Deveria chamar-se com algo ligado ao primeiro versículo.
MISHCAN – Lugar para D-us morar aqui embaixo – é independente da participação do homem.
TERUMA – Ligado ao homem – depende de sua participação.
MISHCAN – DESERTO – construção feita de madeira
MICDASH – YERUSHALAIM – construção feita de pedra
Aparentemente, o Mishcan não tem nada a ver conosco e sim somente o MICDASH, sendo que esta escrito:
“quando Moshiach chegar saberemos como era o Micdash e construiremos o Terceiro Templo”.
“quando se estuda as leis do Micdash é como se nos o estivéssemos construindo”.
Qual é a base para fazer o Mishcan e o Micdash?
Baseando-se no passuc inicial “Façam para Mim um Santuário... deles”, sabemos que a base é uma MORADIA para Hashem aqui na terra, logo a base é a mesma, apesar dos detalhes serem diferentes.
Pode-se entender daqui que o estudo do MISHCAN também é importante, apesar de que o Santuário era uma moradia provisória, transitória.
O Rebe explica que todo detalhe é importante e tem sua função, porque na Tora nada é realmente uma preparação para outra coisa e sim, cada coisa tem seu próprio conceito e seu porquê, mesmo que pareça oculto.
Existem duas opiniões a respeito de quando D-us começou a “raiar” aqui na terra. Uns dizem que foi em Matan Tora e há uma segunda opinião que foi na época do Mishcan.
Em Matan Tora, foi só o começo, porque D-us desceu, i.e. os níveis superiores desceram, mas não nos atingiu, porque continuamos como éramos antes.
Na época do Mishcan, NOS tivemos que participar, i.e. o inferior se elevou e se ligou com o superior.
Tudo isso, porque a verdadeira finalidade é que o INFERIOR se eleve e não que D-US desça!
Logo, para ser SANTUARIO, tem que ter TERUMA, a nossa participação!
E é por isso que a Parasha começou assim, dando ênfase àquilo que D-us realmente queria.
TERUMA ainda pode ter outras duas explicações. Conforme Rashi: SEPARAR, conforme o Zohar: LEVANTAR.
A elevação do mundo é feita através de “tirar” algo do homem e da forma como é Teruma: não é tudo de você que esta indo para D-us, pois para ser tudo, depende da forma como D-us esta presente.
Se D-us vem ao mundo porque Ele quer, não há diferença; tudo pertence a Ele.
Mas, se depende do homem, este pode trazer D-us com diferença de intensidade, dependendo o quanto ele se entrega para D-us, o quanto ele se auto-refina, i.e O HOMEM É CAPAZ DE TRAZER D-US PARA ESSE MUNDO!
TERUMA: você separa algo de você. Isso pode ser de duas formas:
Entrega total
O homem entende por si próprio que precisa se entregar a D-us – assim ele entrega algo, mas ainda sobra para ele.
Em Matan Tora, D-us deu a Tora e o mundo inferior se anulou (consta que nem os passarinhos cantaram, etc)
Na época do Mishcan, o mundo TRABALHOU, por isso na Parasha conta das pessoas que deram ouro, prata, cobre, etc. – porque cada um trabalhou e trabalha para D-us de formas diferentes!
TERUMA – D-us vem ao mundo através do trabalho da pessoa, quando este se eleva separando algo dele próprio.
MISHCAN – não é só preparação para o Beit Hamicdash. Naquela época começou o assunto de Teruma, porque os iehudim estavam num nível muito baixo.
Chassidut chama esse nível de DESERTO – local onde o homem não vive, logo D-us não se encontra; e chama o nível oposto de CIDADE – lugar aonde as pessoas vivem e assim podem cumprir Tora e Mitzvot.
MISHCAN – DESERTO – D-us quer que mesmo o mais baixo se ligue com Ele!
MICDASH – CIDADE – Yerushalaim – D-us escolheu o lugar aonde Ele queria morar! Não foi necessário o trabalho do homem, esta diretamente ligado com D-us, nem para a escolha do lugar, nem para refiná-lo, pois se D-us escolheu, o lugar já estava sagrado e refinado.
Em contra partida, no Mishcan, deserto, o homem precisava refinar o lugar!
Nosso trabalho é construir uma moradia para D-us.
Hoje estamos no Galut, que também é deserto. Mas D-us também nos da a possibilidade de fazer um Mishcan, mesmo na “escuridão”.
E qual é o Mishcan e a Teruma de cada iehudi?
Se a pessoa esta em depressão por algum problema, não vê solução, se sente num deserto, não sente a presença de D-us... deve lembrar-se que MESMO NO DESERTO É POSSIVEL CONSTRUIR UM MISHCAN. Tendo Fé, tudo é possível e assim quando a pessoa dá, ela existe e D-us vai vir para ajudá-la.
Mesmo quando sentimos estar definhando num deserto espiritual, podemos sempre utilizar os materiais a nossa disposição e construir um Santuário para atrair a Presença de D-us.
(baseado nas Sichot do Rebe)
PENSAMENTOS DO REBEHAYOM YOM DE 29 DE SHVAT
Disse o Alter Rebe, certa vez: “O comentário de Rashi sobre a Tora, é “o vinho da Tora””. Abre o coração e revela o amor e o temor essenciais. O comentário de Rashi sobre a Guemara, abre a mente e revela o intelecto na essência.
ENSINAMENTOS DO REBE
E você se pergunta: “Como posso ser feliz, se não sou?
Na verdade, não se pode controlar os sentimentos, mas sim pode-se controlar o pensamento consciente, suas palavras e suas ações. Faça algo simples: Pense bons pensamentos, fale coisas boas, comporte-se como uma pessoa feliz, mesmo que por dentro não se sinta assim. Finalmente, a alegria interna surgirá de sua alma.
do livro “Trazendo o céu para Terra – 365 meditações”
CONSELHOS DO REBE
ENTUSIASMO NA TEFILÁVocê me diz não ser capaz de se concentrar durante a recitação das bênçãos do Shema. Sugiro que medite sobre o conceito de D-us renunciando os mundos espirituais e Se investindo dentro de cada pessoa aqui na terra. Essa idéia é elaborada no capítulo 41 do Tanya. Uma vez que o estude e o compreenda, e os demais conceitos, você será bem sucedido em ter melhor intenção durante as bênçãos antes do Shema e as orações ditas durante a Amida.do livro “O conselho do Rebe”
RECEITAS
BANANA CAKE
Ingredientes:
2 xícaras de farinha de trigo1 e 1/2 xícara de açúcar
1 colher de sopa de canela em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
4 bananas nanicas amassadas
2 ovos
1/2 xícara de chá de óleo
1/3 xícara de chá de água
1/2 colher de chá de essência de baunilha
1/2 xícara de chá de uvas passas pretas
Açúcar e canela a gosto
Cobertura de banana:
2 bananas pratas picadas
Suco de ½ limão
3 colheres de sopa de açúcar
Modo de Preparo:
Coloque numa tigela 2 xícaras (chá) de farinha de trigo, 1 e 1/2 xícara (chá) de açúcar, 1 colher (sopa) de canela em pó,
1 colher (chá) de fermento em pó e 1 colher (chá) de bicarbonato de sódio, misture bem e reserve.
Numa outra tigela coloque 4 bananas nanicas amassadas, 2 ovos, 1/2 xícara (chá) de óleo, 1/3 xícara (chá) de leite, 1/2colher (chá) de essência de baunilha e 1/2 xícara (chá) de uvas-passas pretas e misture. Adicione a mistura de farinha (reservada acima) misturando bem até formar uma massa lisa e homogênea.
Transfira a massa para uma fôrma com furo no meio (17 cm de diâmetro) untada com margarina e leve ao forno médio pré-aquecido a 180 graus por +/- 35 minutos. Retire do forno e deixe esfriar.
Desenforme, cubra com a cobertura de banana e sirva em seguida.
Cobertura de Banana:
Num liquidificador coloque 2 bananas prata picadas, suco de 1/2 limão, 3 colheres (sopa) de açúcar e bata bem até formar uma mistura homogênea.