Têm os judeus futuro numa Europa crescentemente muçulmana? Freqüentemente abordada por Daniel Pipes, esta questão recentemente teve uma resposta desconcertante do proeminente político holandês Frits Bolkestein, que opinou sobre cruéis escolhas que encaram judeus visíveis (ou seja, ortodoxos) na sua nação:
Este antigo delegado da União Européia diz que não há futuro para este grupo na Holanda por causa do “anti-semitismo entre holandeses de descendência marroquina, cujos números continuam crescendo.”
Ele sente que estes grupos de judeus devem estimular seus filhos a imigrar seja aos EUA ou a Israel por causa da pouca confiança que ele tem na efetividade das propostas do governo para combater o anti-semitismo.
Os comentários de Bolkestein fazem eco com os de Benjamin Jacobs, o rabino-chefe do país, que falou no Canal Sete da TV israelense, em 2002, que “o futuro do judaísmo holandês é mudar para Israel”. Em vez disso alguns judeus estão atuando. No mesmo serviço de notícias relatou em dezembro que o filho de Raphael Evers, outro rabino holandês de liderança, “tem anunciado seus planos de mudar para Israel devido ao anti-semitismo.”
“Não é que você tem que abandonar a casa, mas você precisa constantemente se esconder, ser cuidadoso”, explicou ele. Ele contou suas próprias medidas de cautela, às quais incluem evitar alguns bairros e esconder sua quipá (solidéu) quando atravessa áreas com um alto número de imigrantes muçulmanos.
A seguir consideremos a Suécia. No último mês o Centro Simon Wiesenthal alertou aos judeus viajantes para exercer “extrema cautela” devido a que “os cidadãos judeus em Malmö cidade do sul, são importunados”. Uma estimativa de 60 mil muçulmanos constitui um quinto da população de Malmö e crimes de ódio impactam regularmente a vida de seus restantes 700 judeus. “A sinagoga da cidade tem seguranças e janelas de vidro à prova de foguetes”, o ´Telegraph´ aponta “que o jardim de infância judaico só pode ser acessado através de grossas portas de segurança feitas de aço.” Com uma resposta do Governo [Sueco] que é uma mistura de negação e de culpar a vítima, muitos judeus estão deixando Malmö e até Suécia, inclusive.
Nos últimos anos se têm visto também um crescente número de judeus mudando para Israel da França e do Reino Unido. Será este brevemente o caso para os judeus de outros países europeus também? Dada a grande quantidade de histórias preocupantes apenas em 2010 – muçulmanos atacando judeus na Noruega e Dinamarca, árabes jogando pedras para expulsar judeus de um palco na Alemanha, e uma pesquisa mostrando que 38% dos jovens muçulmanos na Áustria concordam que “Hitler tinha feito muito bem para o povo” – o futuro não parece feliz.
Tem virado moda igualar a situação difícil da população muçulmana hoje na Europa com a dos judeus oprimidos no continente durante os anos 30. Porém, a gente pode dizer qual grupo encara uma ameaça real na Europa moderna olhando as tendências migratórias. Enquanto os governos europeus estão planejando barreiras para impedir a entrada ilegal de muçulmanos, os judeus estão saindo em multidões. As pessoas votam com seus pés. Os resultados – muçulmanos entrando, judeus saindo – oferecem lições críticas e alertas.
autor: David J. Rusin – www.islamist-watch.org
tradução do inglês: Alberto Milkewitz