
A diferença está na conclusão do parágrafo dele. “Mas entendemos que os palestinos adotam posições diferentes sobre Jerusalém e que eles levarão para a mesa de negociação”, escreveu. Perfeito. Não há nada a acrescentar ao que disse o diplomata e historiador israelense.
Israel e palestinos possuem visões distintas sobre a resolução do conflito. Nenhuma deve ser imposta sobre a outra. Tudo deve ser negociado, especialmente no status de Jerusalém, certamente mais difícil dos três obstáculos para um acordo de paz.
Há um consenso na comunidade internacional de que os refugiados palestinos retornariam apenas para o futuro Estado palestino, não para o que hoje é Israel. E outro de que os assentamentos longe da fronteira da Cisjordânia com o território israelense devam ser removidos.
No caso de Jerusalém, cada lado apresenta a sua posição. Na minha avaliação, deveriam manter a cidade unificada, pois não há nada mais bizarro do que visitar uma metrópole separada por um muro, como Nicósia, no Chipre. Deve também ser a capital de Israel, já que toda a administração israelense está na cidade.
Basicamente, os dois desejos de Israel estariam concluídos. Jerusalém indivisível e capital de Israel. Porém a sede da Presidência palestina poderia ficar em Jerusalém Oriental. Seria, simbolicamente, a capital palestina, apesar de, na prática, a administração ser mantida em Ramallah.