Mãe de psicóloga desaparecida no Jardim Botânico apela por informações e diz que não sabe se chora ou reza.RIO - Sônia Tannhauser, mãe da psicóloga Karen Tannhauser, desaparecida desde o dia 31 , fez um apelo nesta segunda-feira por informações sobre o paradeiro da filha. Sônia deixou um recado para a filha, afirmando que onde ela estiver pode voltar para casa porque a família vai recebê-la de braços abertos.
- Não sei se choro, ou se rezo. A angústia é muito maior porque não sabemos o que aconteceu com a minha filha. Se alguém pegou ela, que entre em contato com a família logo - disse ela.
A polícia continua investigando o desaparecimento da jovem. Ainda nesta segunda-feira técnicos especialistas em câmeras de circuito interno farão uma vistoria nos equipamentos instalados no prédio onde Karen morava com os pais. A equipe vai verificar se foi feito algum corte nas imagens .
As imagens do edifício só registraram a chegada da psicóloga, por volta das 14h do dia 31.Quando o namorado a deixou em casa, a psicóloga contou a ele que pretendia caminhar na orla da Lagoa Rodrigo de Freitas.
A irmã, Patrícia, e o namorado de Karen olharam as imagens da câmera do portão da garagem, a única entrada em funcionamento no prédio, já que a portaria principal está em obras.
Segundo Patrícia, Karen saiu de casa sem levar o celular. Dos seus documentos, apenas a carteira do Conselho Regional de Psicologia teria sido levada por ela. A psicóloga também teria carregado pouco dinheiro - menos de R$ 50 - e as chaves do apartamento.
Na manhã do dia 31, Karen esteve com a mãe no Shopping da Gávea, a fim de ir a um salão de beleza e comprar um vestido para a festa de réveillon - a roupa foi encontrada no apartamento. O namorado da psicóloga buscou as duas no shopping, deixando Sônia na casa da mãe dela, no Leblon, e seguindo com Karen para almoçar num restaurante no mesmo bairro. Depois do almoço, o namorado deixou a psicóloga na frente do edifício no Jardim Botânico.
A família de Karen começou a espalhar cartazes pelo bairro no domingo - inclusive no Hospital da Lagoa, um dos locais onde a psicóloga trabalha. Até a noite de domingo, apenas um porteiro do prédio - com 11 andares e dois blocos, cada um deles com quatro apartamentos por pavimento - contou ter visto a psicóloga sair, na tarde do dia 31, mas a descrição sobre o que Karen usava não coincide com as roupas dela.
A psicóloga não tem carro e o automóvel do seu pai não foi retirado da garagem. A polícia ainda vai rastrear a conta bancária de Karen, para verificar se foi feita alguma movimentação desde o seu desaparecimento. Informações podem ser repassadas para o telefone 2332-2912, da 15ª DP, ou para o Disque-Denúncia (2253-1177).
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