León Grzmot, presidente da Sherit Hapleitá, continua trabalhando pela memória e sensatez entre os povos.
BUENOS AIRES (CJL) - León Grzmot, leva o número 171984 tatuado no braço e o horror do campo de concentração de Auschwitz gravado no corpo e alma. Hoje preside a Sherit Hapleitá-Argentina, uma associação israelita de sobreviventes da perseguição nazista, que trabalha a pleno vapor para trabalhar, quantas vezes houver necessidade, a narrativa do horror que foi a Shoá em ambientes culturais e acadêmicos.
A associação está comprometida, atualmente, com dois projetos. Por um lado, e segundo as palavras do próprio Grzmot, "cumprir com a recordação da Shoá deve ser a mitzvá número 614", razão pela qual deseja juntar todos os rabinos de diferentes correntes para expor esta premissa.
"Em Auschwitz não havia diferenças, todos os judeus eram iguais. Por isso me custa crer, que não terei êxito na união dos rabinos?, refletiu.
Preocupados com o grau de assimilação da comunidade judaica e o avanço do Irã na América Latina, a Associação tem em mente outro desafio para o próximo ano: ter sucesso no projeto "Aprendiz" ? sob o qual cada sobrevivente se converte em uma espécie de padrinho de um estudante universitário que será o "responsável" de transmitir sua história quando eles já não estejam- siga adiante, unindo sobreviventes com jovens ao largo de todo o país.
"Trata-se de uma meta ambiciosa, porém necessária frente ao pouco conhecimento e a pouca profundidade que manifestam hoje os jovens a respeito da Shoá", advertiu e agregou que lhe preocupa que não finde a compreensão da magnitude do que sucedeu no Holocausto "que não se compara com nenhuma outra fase que o Povo Judeu tenha passado".
Grzmot está consciente de que não pode lograr estas missões, sozinho; razão pela qual exortou a todos os dirigentes judeus a acompanhar a Sherit Hapleitá no desafio de perpetuar a memória para não repetir o horror.
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