Para proteger-se de foguetes disparados por grupos palestinos, Sderot reforma de creches a hospitais para que resistam a frequentes ataques
Com 20 mil habitantes, a pequena Sderot vive um boom imobiliário, segundo o representante da comunidade local, Salan Halvey, desde o início da reforma em massa que transformou locais públicos, parques de diversão, creches, escolas, clínicas e hospitais em bunkers. Prédios e casas residenciais antigos ganharam um anexo: quarto e banheiro anti-foguetes.

Na semana passada, um foguete disparado de Gaza atingiu a cidade de Ashkelon, a 21 quilômetros da fronteira. O prefeito Benny Vaknin tem feito campanhas junto a instituições judaicas para levantar fundos e copiar o exemplo de Sderot, reforçando a defesa de Ashkelon.
O Hamas nega o envolvimento do grupo com os disparos recentes, mas não é capaz de conter a ofensiva de militantes de pequenos grupos aliados, como o Exército do Islã. E isso ajuda a minar a confiança dos israelenses em qualquer acordo de paz com o grupo que governa Gaza. "No entendimento de Israel, se o Hamas governa a Faixa de Gaza, é responsável pelo controle dos ataques feitos de seu território", disse ao Estado Mark Regev, porta-voz do premiê israelense, Binyamin Netanyahu.
Desde o início da Segunda Intifada, em outubro de 2001, quando foguetes Qassam, começaram a ser disparados contra Sderot, 15 israelenses foram mortos. Uma nova ofensiva voltou a ser discutida na Knesset, o Parlamento israelense, na semana passada. Em retaliação ao disparo de 180 foguetes desde janeiro, segundo o governo, o Exército de Israel intensificou as operações em Gaza. Na semana passada, foram bombardeados alvos do Hamas e túneis clandestinos na fronteira com o Egito, segundo Israel, usados para o contrabando de armas e dinheiro para Gaza.