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Primeira rabina na Alemanha depois de 75 anos

A Alemanha tem pela primeira vez, depois de 75 anos, uma mulher como rabina, com a ordenação, hoje, de  Alina Treiger, de 31 anos, imigrante da Ucrânia. Em uma solenidade que contou com a presença da cúpula politica do país, como o presidente Christian Wulff, Treiger foi ordenada no seminário Abraham Geiger, de Berlim, fundado em 1999 e batizado com o nome de um dos principais defensores do liberalismo na religião judaica, Abraham Geiger.

Pouco antes de receber o seu titulo de "rabina", Alina Treiger afirmou que vai trabalhar para melhorar a imagem dos judeus na Alemanha. Com a sua ordenação, porém, ela reviveu a lembrança da tragédia da primeira mulher a ser ordenada como rabina no mundo, Regina Jonas, nascida em 1902, ordenada em Berlim durante a era nazista e assassinada em Auschwitz em 1944.

Depois da guerra, Regina foi esquecida. Só após a queda do muro de Berlim, em 1989, quando o judaismo voltou a ser cultivado na cidade, a pioneira da emancipação da mulher foi redescoberta. Hoje, sua foto pode ser vista no Museu Judaico de Berlim.

Mas a ordenação de Alina é também mais um sinal da revitalização da cultura judaica, que foi tão forte na capital alemã até 1933, quando os judeus faziam parte da elite artística, intelectual e cientifica da cidade, que tinha como representantes o filósofo Walter Benjamin e o físico Albert Einstein, entre outros.

Os novos judeus da Alemanha vêm quase todos do Leste Europeu, sobretudo dos países da antiga União Soviética. Em 1945, quase todos os judeus alemães haviam morrido. Os poucos que voltaram da tortura dos campos de morte ou da vida no esconderijo foram embora para Israel.

Em uma tentativa de melhorar a imagem da Alemanha, dramaticamente danificada pelo regime nazista, para o mundo judaico, o ex-chanceler Helmut Kohl fechou um acordo com o então lider soviético Mikhail Gorbatchov, no inicio dos anos 90, que significou a abertura das fronteiras do país para os judeus do leste. Nos últimos vinte anos, 200 mil  imigraram para a Alemanha.

Muitos dos novos habitantes são ortodoxos. Mas, como mostra a ordenação de hoje, cresceu com a chegada dos imigrantes do leste também a população liberal. Com Alina Treiger, foram ordenados no mesmo seminário Konstantin Pal e Boris Ronis, imigrantes russos.


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