Rashi nos diz que o Avinu Malkênu (tradução literal: nosso Pai, nosso Rei) como o recitamos atualmente é uma expansão da prece comum, mais curta, composta por Rabi Akiva, sobre a qual o Talmud reporta:
"Aconteceu certa vez durante um período de seca que Rabi Eliezer ficou de pé perante a congregação e recitou vinte e quatro preces por chuva, sem sucesso. Nenhuma chuva veio.
Então Rabi Akiva postou-se perante a congregação e disse Avinu Malkênu e sua prece foi imediatamente respondida. Quando os Sábios viram que Avinu Malkênu de Rabi Akiva era uma prece realmente eficaz, adicionaram mais pedidos a ela, e instituíram a prece completa como parte do serviço pelos Dias de Arrependimento."
O livro Levush nos diz que as partes adicionadas aos pedidos originais contidos em Avinu Malkênu seguem o esquema da Amidá (prece silenciosa). Por esta razão é pronunciado logo depois dela, e de pé com atenção especial. Por isso é também omitida quando Rosh Hashaná ocorre num Shabat, assim como a Amidá dos dias de semana. Outra razão para esta omissão é que contém preces para nossos interesses pessoais, que devem ser deixados de lado no Shabat.
O uso da expressão Avinu Malkênu, é explicado por nossos sábios da seguinte maneira:
Quando os Sábios viram que Avinu Malkênu de Rabi Akiva era uma prece realmente eficaz, adicionaram mais pedidos a ela, e instituíram a prece completa como parte do serviço pelos Dias de Arrependimento
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Um príncipe foi seqüestrado na infância e levado a um país remoto. Ele pode retornar à terra de seu pai sem vergonha alguma por sua longa ausência sempre que o desejar, porque é para seu próprio legado que ele está retornando.
Similarmente, um judeu pode sempre voltar para a Torá, embora tenha estado separado dela por muitos anos, porque é sua herança. Por isso rezamos: "Traga-nos de volta para Sua Torá, nosso Pai," porque D'us sempre nos aceitará de volta quando voltarmos a Ele.
Avinu Malkênu - nosso Pai e nosso Rei: Como pai, Ele jamais nos negou Seu amor. Como rei, Ele exige nossa obediência e controla nosso destino.
Durante os Dez Dias de Arrependimento estes pensamentos deveriam trazer-nos de volta para D'us, e fazer com que nos atiremos aos Seus pés como Seus filhos e Seus servos confessando: "pecamos perante Vós", e implorando - "tende misericórdia de nós".