Radicada no Reino Unido desde 1996, Yael Karavan nasceu em Israel. Aos treze anos, começou uma bem sucedida carreira como atriz.
Em 1995, Yael viajou pela Europa, Nova York, Brasil e Japão estudando com mestres do teatro como o russo Anton Adassinski, Philippe Genty, Philippe Gaulier, Nigel Charnock, Ricardo Puccetti, no Brasil, Mônica Pagnieux, Sue Morrison e os japoneses Kazuo Ohno, Tadashi Endo, Carlotta Ikeda, Yumiko Yoshioka e Akiko Motofuji, além de outros.
A atriz buscava desenvolver uma linguagem corporal contemporânea que expressasse a mescla entre oriente e ocidente, dança e teatro. Seu trabalho costuma ser descrito como uma poesia visual, trazendo elementos da dança Butoh, mímica, clown e outros.
Em suas apresentações, ela sempre caminha na linha tênue entre o trágico e o cômico, tocando temas como memória, metamorfose, os ciclos que se repetem.

Yael Karavan partitipou da companhia russa de teatro Derevo, das japonesas Mamu Dance Theater e Ten-Pen Chi e foi um dos membros fundadores da Adapt-Theater Picture Collision. Em 2010, teve início The Karavan Ensemble, uma companhia internacional de teatro sediada na Inglaterra.
Desde 1999, Yael tem viajado o mundo ministrando workshops de teatro e expressão corporal. Em fevereiro deste ano, esteve em Campinas, durante o 8º Feverestival com a oficina O Mundo Refletido Numa Gota de Água: (Auto) Retrato na Criação de um Espetáculo, em que discute o método de criação e performance que cunhou ao longo dos anos.
O sucesso da oficina foi tanto, que Yael Karavan está de volta a Campinas e mais duas cidades brasileiras em agosto.
Ela participará, com sua oficina do Festival Territórios de Teatro em Belém do Pará, onde também apresentará a peça In-Between (assista a trechos aqui). “Suspensa entre duas cadeiras, duas realidades, dois territórios, dois amantes, o trágico e o cômico, In-between, é um poema coreográfico sobre a dualidade interior e a solidão exterior de um mágico”, informa o site oficial da artista.
Quando esteve no país em fevereiro, a atriz e dançarina falou sobre o título da peça ao jornal Correio Popular: “Tem algo a ver com um ditado em hebraico que diz: nem aqui, nem ali”. Na peça, “com elementos a dança, teatro físico, clown, mímica, butoh, duas cadeiras e um microfone, Yael cria um universo fantástico, levando-nos a uma jornada pelos túneis de nossas próprias emoções”.
Logo em seguida, Yael estará em Pernambuco, no espaço Casarão Peleja e encerra a visita ao Brasil retornando a Campinas.