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Israel derruba muro erguido durante apogeu da Segunda Intifada

O Exército israelense começou neste domingo a desmanchar um muro erguido para proteger dos disparos de milicianos palestinos os habitantes da colônia de Gilo, em Jerusalém, transformado em símbolo do apogeu da Segunda Intifada.

Em 2002, a barreira formada por 800 blocos de cimento, de dois metros de altura, foi construída ao longo de 600 metros. Posteriormente, o muro foi decorado com pinturas e grafites pelos moradores.

Desde o início da Segunda Intifada, em 2000, até esse ano, Gilo foi alvo frequente de disparos de milicianos palestinos a partir da cidade palestina cristã de Beit Jala, parte das terras confiscadas para a construção de Gilo, nos anos 1970.

As tropas israelenses bombardeavam ou faziam incursões e batidas em Beit Jala, que fica perto de Belém.

A frequência dos ataques diminuiu notavelmente após a operação Muro de Defesa, lançada pelo governo de Ariel Sharon em março de 2002, após uma onda de atentados que deixou 500 palestinos mortos e a Yasser Arafat cercado por tanques em Ramalah.

Atualmente, entre Beit Jala e Gilo --que Israel considera um bairro de Jerusalém, e os palestinos e a comunidade internacional, um assentamento judaico em território palestino-- também existe um muro israelense de separação na Cisjordânia.

REAÇÕES

Em comunicado, o Exército israelense ressalta que a retirada da barreira protetora de Gilo deve durar duas semanas e acrescenta que a decisão foi tomada "como resultado da estável situação de segurança na região", após vários anos sem ataques.

"Não acredito que os disparos voltem a acontecer, mas se for necessário poderemos levantar o muro novamente", explica um engenheiro militar encarregado de pôr abaixo a estrutura.
Alguns moradores da parte de Gilo, contígua à barreira de proteção, confessavam hoje à imprensa o temor que sentem pela retirada da estrutura que proporcionava tranquilidade.
"Nunca senti que esse muro me deixasse presa. Sentia-me a salvo. Passava uma sensação de segurança", assinalava uma moradora chamada Aviva Klein.

Outra vizinha, Ester Cohen, admitiu estar "um pouco assustada".
"Espero que isso não leve para algo ruim. Não gostaria que com a retirada do muro os disparos voltassem a acontecer", disse. 

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