Milhares de israelenses foram às ruas de Jerusalém para participar da Parada do Orgulho Gay, apesar da polêmica devido à oposição de líderes da comunidade judaica ultra-ortodoxa ao evento.
A marcha teve início no centro da cidade e seguiu até o Parlamento. Carregando cartazes com a figura do arco-íris, os manifestantes caminharam por cerca de 2,5 quilômetros.
O evento marca o aniversário de um ano do ataque contra um centro gay de Tel Aviv, que deixou dois mortos.
"Antes de mais nada, essa marcha é um sinal de luto, mas tentaremos deixar isso de lado e declarar este ato como o início dos direitos gays em Israel", disse um dos organizadores, Yonatan Gher.
Poucas dezenas de opositores compareceram, carregando placas contra os gays. Muitos judeus ultra-ortodoxos são contra a homossexualidade, que consideram uma aberração.
"Em uma sociedade religiosa, muitos não percebem que nós existimos", disse Sarah Weil, 26, que ajuda a manter uma organização de lésbicas que também são judias ortodoxas.
Milhares de policiais vigiaram a marcha para evitar confrontos.
A parada gay de Jerusalém já registrou episódios de violência ni passado. Em 2005, um judeu ortodoxo esfaqueou três participantes.
Organizadores dizem temer que a violência impeça as pessoas de irem às ruas. No entanto, muitos participantes dizem acreditar que o clima em Jerusalém está mudando.
"Não acho que ainda seja perigoso", disse Yair Lieberman, 23. "Mas, mesmo que for, isso não deveria nos impedir de participar".