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A infância de um mutante judeu




Antes de dar muita dor de cabeça a um certo grupo de mutantes, o personagem conhecido como Magneto foi criança. E um menino judeu que passou a infância na Alemanha, em pleno nazismo. 

Em "Magneto - Testamento" (cor, 132 pgs., R$ 22.90), encadernado de capa dura que a Panini acaba de mandar para as bancas, o roteirista Greg Pak e o ilustrador Carmine Di Giandomenico imaginam como teria sido a juventude do garoto, nascido Max Eisenhardt, e mandado, com a família, para o complexo de campos de concentração de Auschwitz, na Polônia.

O livro, de capa dura, faz parte da série Marvel Knights, que já nos presenteou com títulos de Homem-Aranha, Capitão América e Namor

A maioria das HQs é de alto nível e pode ser lida sem maiores preocupações com cronologia, já que não exige qualquer leitura prévia. 



Detalhe da bela HQ que vem de bônus em "Magneto -Testamento".

Mesmo que saibamos como qualquer narrativa vinculada ao nazismo acabe, vale a pena dar uma conferida nesta HQ, que, aparentemente, revela algumas das razões que levaram Magneto a ser um homem frio e intolerante com a raça humana.

Foi ali, em Auschwitz, trabalhando para os alemães na remoção de corpos de judeus e de ciganos, que o jovem Eisenhardt aprendeu a sobreviver. E ao escapar dali, em uma rebelião, saiu acompanhado de seu grande amor: Magda.
A triste história em quadrinhos é mais forte do que a arte, mas não deixa de ser um pouco frustrante não ver nem uma fagulha do poder de Magneto no livro. De brinde, há uma HQ espetacular (detalhe acima) de Neal Adams, Joe Kubert e J. David Spurlock, em que conhecemos a absurda injustiça cometida contra a artista plástica Dina Gottliebova Babbitt, que lutou até a morte pela devolução de seus desenhos. 

Obrigada pelo Dr. Josef Mengele, o anjo da morte, a fazer retratos de alguns dos prisioneiros, Dina (à esquerda) acreditou que, com o fim da guerra, os desenhos haviam se perdido, mas soube, muitos anos depois, que eles haviam sido comprados pelo Museu de Auschwitz, que se recusou a devolvê-los.

Para o museu, o valor educacional da obra superava o direito da artista, que morreu de câncer, em julho do ano passado, aos 86 anos. Mas, infelizmente, a Panini pisou na bola e não atualizou o texto sobre a artista. Para a editora, Dina Gottliebova Babbitt ainda espera pela devolução de seus desenhos.

שָׁלוֹם

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