Deve-se rezar na estrada (Talmud, Brachot)

Deve-se rezar na estrada

em solidariedade à reza com os pés na estrada da Família Schalit, acompanhados de milhares e milhares de israelenses.

Uri Lam

Rabi Iossei estava reunido com seus amigos quando contou a seguinte história:

"Eu estava na estrada quando chegou a hora da rezar. Saí da estrada e entrei em umas ruínas, aqui em Jerusalém. Foi quando eu vi ninguém menos do que Eliahu Hanavi, o Profeta Elias! Enquanto eu rezava, ele ficou ali, me olhando, sem pressa. Em mais alguns minutos terminei minhas orações. Então ele puxou assunto:

− Como vai, rabino, tudo em paz? −, cumprimentou-me o profeta.

− Tudo tranquilo, mestre, e com você?

− Diga-me uma coisa: por que você entrou nestas ruínas? − Para rezar − respondi.

− Iossei, você deveria ter rezado na estrada mesmo.

− Mas Eliahu, se eu parasse para rezar na estrada, chamaria a atenção dos demais viajantes, eles iriam interromper a minha reza e sei lá Deus o que poderia me acontecer. Nas ruínas eu estava mais seguro, sozinho, sem ninguém para atrapalhar.

− Que você fizesse uma reza mais curta, oras −, respondeu-me o profeta.

"Deste encontro", disse Rabi Iossei aos amigos, "aprendi três coisas: (1) Não se deve entrar nas ruínas; (2) deve-se rezar na estrada; (3) e na estrada, a reza deve ser curta".

(Talmud, tratado Brachot)

 

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