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Israel quer deportar todos os ativistas detidos em até 48h


Dois dias após o ataque contra a frota que levava ajuda humanitária à faixa de Gaza, que matou nove pessoas, o governo de Israel anunciou que pretende deportar todos os ativistas que ainda estão presos no país em até 48h. Mais cedo autoridades confirmaram a deportação de 123 pessoas de 13 países, e cerca de 50 turcos.
A agência oficial jordaniana Petra informou a deportação de 126 pessoas que já haviam chegado na Jordânia.
Os ativistas teriam cruzaram a fronteira pela ponte Allenby. Além de jordanianos, o grupo inclui cidadãos do Bahrein, Kuwait, Marrocos, Síria, Argélia, Omã, Iênem e Mauritânia, assim como da Indonésia, Paquistão, Malásia e Azerbaijão.
Da jordânia, os ativistas devem partir de volta para seus países de origem.
Já o grupo turco aguarda no Aeroporto Internacional Ben Gurion, de Tel Aviv, para pegar voos especiais para serem repatriados. Outros turcos foram levados para este aeroporto da prisão de Beersheva, no sul de Israel.
Quarenta e oito ativistas permanecem hospitalizados. Israel também começou a repatriar as famílias do pessoal diplomático de Ancara.
Segundo a rádio oficial israelense cerca de 50 familiares do pessoal do consulado e embaixada de Israel na capital turca foram chamados de volta à Jerusalém, como medida de segurança após os protestos na Turquia.
Terrorismo de Estado
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, classificou nesta quarta-feira de "terrorismo de Estado" o violento ataque israelense à frota humanitária que se dirigia para Gaza, durante uma conferência em Belém (Cisjordânia).
"Nosso povo foi exposto ao terrorismo de Estado quando Israel atacou o comboio da liberdade. O mundo inteiro, com o povo palestino, enfrenta este terrorismo", declarou Abbas, aludindo ao ataque realizado na segunda-feira em águas internacionais por comandos israelenses, que mataram nove membros de uma missão que realizava ajuda humanitária.
Abbas falou durante uma conferência internacional sobre investimentos na Palestina, na qual fez um minuto de silêncio em memória dos ativistas mortos.
Abbas também disse que pedirá ao presidente dos EUA, Barack Obama, que tome "decisões corajosas para mudar a face do Oriente Médio".
"Minha mensagem a Obama durante nossa entrevista em Washington, na próxima semana, será que precisamos de decisões corajosas para mudar a face da região", enfatizou.
Nicarágua
A Nicarágua anunciou a suspensão de relações bilaterais com Israel nesta quarta-feira. "O governo da Nicarágua suspende a partir desta data as relações diplomáticas com o governo de Israel", declarou à imprensa a porta-voz do governo e primeira-dama, Rosario Murillo.
Israel ainda não recebeu comunicação oficial da Nicarágua sobre a suspensão de relações diplomáticas anunciada na noite de terça-feira por Manágua, em represália ao ataque que causou nove mortes e deixou dezenas de feridos na frota humanitária que se dirigia a Gaza.
"Não recebemos nenhuma mensagem oficial da Nicarágua, só temos conhecimento do anúncio pela imprensa", declarou à agência Efe o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores israelense, Andy David.
David assinalou que, a partir dos relatórios publicados na imprensa "se deduz que trata-se de uma suspensão de relações, não de uma ruptura de relações, mas não entendemos muito bem o que quer dizer a Nicarágua com isso".
Israel não tem embaixada em Manágua, apesar de seu embaixador na Costa Rica estar credenciado frente às autoridades nicaraguenses.
Por enquanto a Nicarágua não especificou por quanto tempo os vínculos diplomáticos com Israel estarão suspensos, nem deu detalhes sobre os efeitos da decisão
Protestos na Turquia
Na Turquia, os protestos seguem intensos após o ataque israelense à frota humanitária que se dirigia a Gaza, causando nove mortes e deixando de feridos e centenas de detidos, em sua maioria turcos.
Segundo a polícia turca, dois grupos de várias centenas de pessoas fazem guarda permanentemente em frente à residência do embaixador israelense em Ancara, Gaby Levi, e diante da embaixada.
Em declarações à imprensa esta manhã, o ministro de Interior turco, Besir Atalay, garante que não houve incidentes de destaque, à exceção do protagonizado por um pequeno grupo que lançou garrafas de plástico contra a embaixada na noite de terça.
Atalay afirmou que a Polícia controlou o grupo, e as forças de segurança garantem a segurança dos diplomatas israelenses e de suas famílias.
Em Istambul, a ONG IHH, uma das principais organizadoras da "Frota da Liberdade", disse que os manifestantes se reuniram na terça-feira às 21h locais (15h de Brasília) para protestar contra a ação israelense frente ao consulado do país hebraico.
Para esta quarta-feira foi convocado um protesto no turístico bairro de Sultanahmet, em Istambul, às 13h locais (7h em Brasília).
Neste protesto, a ONG muçulmana Mazlumder, que tem um diretor dado como "desaparecido" no ataque israelense, convocou os cidadãos turcos a se reunirem perante o Palácio de Justiça de Sultanahmet para fazer um pedido coletivo para que Israel seja julgado por "crimes contra a humanidade".
Atalay criticou os países árabes e exigiu que ajam na atual polêmica entre Turquia e Israel. Além disso, afirmou que a bandeira turca se tornou um símbolo da ajuda humanitária ao povo palestino.

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