O Conselho de Ministros de Israel para Assuntos de Segurança formalizou neste domingo a decisão de aliviar o bloqueio à Faixa de Gaza, em um plano estipulado com o ex-premiê britânico Tony Blair, emissário do quarteto negociador (UE, ONU, EUA e Rússia).
Em reunião em Jerusalém, os ministros ratificaram a decisão, já tomada na quinta-feira, de "liberalizar o método pelo qual entram em Gaza bens civis" e de fazer isso "o mais rápido possível", como afirma um comunicado oficial do escritório do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
A nota explica que a decisão contempla a "publicação de uma lista de produtos proibidos limitada a armas e material de guerra, incluídos os de duplo uso (civil e militar)".
"Todos os produtos que não aparecem na lista poderão ingressar na Faixa", acrescenta o comunicado. Após a decisão do conselho, Netanyahu, através de um porta-voz, confirmou que Israel autorizou a entrada em Gaza de "todos os bens e produtos" civis e que a decisão elimina grande parte das restrições impostas sobre a Faixa há quatro anos.
"A partir de agora, têm sinal verde para entrar em Gaza todos os produtos, exceto artigos militares e materiais que possam fortalecer a maquinaria de guerra do Hamas", informou em comunicado o porta-voz Mark Regev.
A decisão israelense segue às pressões internacionais após a morte de nove ativistas turcos, no final de maio, numa ação israelense contra uma frota que se dirigia à Faixa com ajuda humanitária.