JERUSALÉM - A flexibilização do bloqueio da Faixa de Gaza é a melhor decisão que Israel poderia ter tomado, declarou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, um dia depois do levantamento do embargo sobre bens de uso civil para o território palestino.
O anúncio israelense responde às várias pressões internacionais para aliviar o cerco imposto ao enclave palestino, após o ataque a uma frota de ajuda multinacional por parte do exército israelense em 31 de maio. Na operação, nove civis morreram - sendo oito turcos e um turco-americano -, o que provocou indignação e protestos em todo o mundo.
"A decisão do gabinete de levantar o bloqueio civil na Faixa de Gaza e de reforçar o bloqueio de segurança foi adotada em coordenação com os Estados Unidos, o representante do Quarteto para o Oriente Médio, Tony Blair, e outros chefes de governo", explicou Netanyahu durante uma intervenção ante a comissão de Defesa e Relações Exteriores do parlamento.
"É a melhor decisão que Israel poderia ter tomado, já que priva o Hamas de seu principal argumento de propaganda e nos permite, assim como a nossos amigos no mundo, nos concentrar em torno de nossas justificadas reivindicações em termos de segurança", acrescentou Netanyahu.
Em relação aos projetos de expedições marítimas como do Irã e do Líbano para Gaza, o primeiro-ministro israelense disse que "se trata de uma tentativa do Irã e do (movimento xiita libanês) Hezbollah de forçar o bloqueio marítimo e de segurança em torno do Hamas".
Israel anunciou no domingo o fim do embargo a todos "os bens para uso civil", enquanto manterá o bloqueio marítimo para impedir a importação de material bélico no enclave palestino.