Jerusalém (Israel) - O Exército israelense divulgou nesta quarta-feira novas fotos de ferramentas e equipamentos de uso militar não bélicos que supostamente portavam os ativistas da frota humanitária atacada na segunda-feira, em uma tentativa de convencer a opinião pública de que eles não eram pacifistas.
Entre as ferramentas que Israel afirma que foram usadas para atacar os comandos israelenses, há um número indeterminado de coletes à prova de balas com a lua crescente do Islã, alguns equipamentos de visão noturna e binóculos.
Além disso, há estilingues - com os quais se poderiam lançar bolinhas de gude -, facas, navalhas, duas serras, um machado e discos de serra.
"Quando as forças israelenses abordaram o 'Mavi Marmara' para conduzi-lo ao porto de Ashdod, se encontraram com manifestantes armados com armas como facas, atiradeiras, bolinhas de gude, pedaços de madeira e barras de metal, uma maça e coqueteis incendiários", argumenta o Exército israelense em um texto que acompanha as fotos.
Segundo a apuração do Exército israelense, pelo menos cinco soldados sofreram ferimentos, dois deles graves, ao serem agredidos pelos ativistas da frota quando desciam com cordas sobre a parte superior do navio, de bandeira turca.
Foi nessa embarcação onde os comandos militares abriram fogo contra os ativistas, matando nove deles e ferindo cerca de 40.
O texto militar destaca que, "nos outros cinco navios interceptados, os soldados não encontraram resistência e ninguém ficou ferido".
Com a difusão das fotos e de imagens por vídeo filmadas de helicópteros militares que sobrevoavam a frota, nas quais são vistos ativistas espancarem os militares israelenses, o Exército busca refutar as acusações de que abriu fogo sobre civis desarmados.
"No instante em que os soldados abordaram o 'Mavi Marmara', eles se encontraram com uma extrema violência e responderam (com disparos) em defesa própria", alega o texto que acompanha as fotos.
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