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Em Israel, oposição apresenta moção contra premiê; Parlamento rejeita

A líder de oposição Tzipi Livni, ex-chanceler israelense, propôs no Knesset, o Parlamento de Israel, uma moção contra o governo do premiê Binyamin Netanyahu afirmando que o país "poderia ter evitado o isolamento internacional" que enfrenta atualmente e que este pode ser "o pior momento da história" do Estado judeu, informou o jornal israelense "Haaretz".

Ao defender a moção que pede o voto de desconfiança ao governo, a líder do partido oposicionista Kadima acusou o governo de destruir a posição de Israel no mundo, e abalar a segurança do país no Oriente Médio. Livni (em foto de arquivo); ex-chanceler apresentou moção contra premiê Netanyahu
 
Após o ataque do Exército israelense à "Frota da Liberdade", há uma semana, que deixou nove mortos, a comunidade internacional voltou-se contra o que considerou "um uso desmedido de força" e até mesmo os tradicionais aliados do Estado judeu, os EUA, colocaram a aliança em xeque, dizendo que a situação do bloqueio a Gaza é "insustentável".
 
Ainda nesta segunda-feira outra operação matou quatro militantes palestinos, com roupa de mergulho, que segundo o Exército israelense "planejavam um ataque terrorista" ao país. O Hamas e o Fatah confirmaram que os tripulantes do bote pertenciam aos movimentos palestinos.
 
As moções, apesar de terem sido rejeitadas pelo Parlamento, introduzem agora um elemento interno à crise. Além da pressão internacional, o governo de Israel passa a enfrentar problemas em sua política doméstica.
 
Outras quatro moções contra o governo de Netanyahu foram apresentadas nesta segunda, mas todas foram rejeitadas. A principal das cinco moções era a defendida por Livni, que foi rejeitada por 59 dos deputados presentes e apoiada por 25, além dos nove políticos que se abstiveram.
 
"Governo não representa Israel"
 
"Nós temos plena confiança no Estado de Israel, em seus valores e seus cidadãos. Mas o atual governo de Israel não está representando o Estado no mundo", disse Livni ao defender a moção contra Netanyahu.
 
Ainda de acordo com o "Haaretz", Livni deixou claro no Knesset que o atual governo precisa entender que há somente duas possibilidades para a questão palestina. "Ou um Estado palestino sob nossas condições, ou um Hamastão [em alusão ao Hamas], como resultado de ineficiência e fracasso", acrescentou.
 
A moção defendida pela ex-chanceler levou o título: 'A tentativa de autoridades do governo de negar responsabilidade e críticas diretas sobre a flotilha de Gaza contra soldados da IDF (forças de segurança israelenses)".
 
Tempos difíceis
 
A líder da oposição ressaltou que "Israel está enfrentando um momento difícil agora, talvez o mais difícil de sua história. Isto não é apenas uma fase temporária que vai passar. Isto é um processo contínuo sob o qual Israel está ficando isolado do resto do mundo".
 
A aliança com os Estados Unidos, que também sofre ameaça, foi destacada por Livni como um dos principais problemas criados pela atual crise. "O poder de defesa de Israel está baseado, obviamente, no poder das Forças de Defesa de Israel, mas também -- e principalmente -- na sua relação com os Estados Unidos", disse.
 
Para a ex-chanceler o governo atual precisa seguir estratégias que impeçam o Estado judeu de ficar à margem da política internacional.
 
"Nossa estratégia de diplomacia e segurança é baseada em duas coisas. Uma: nosso relacionamento com os EUA, que impacta diretamente a posição de Israel no mundo, e outra: o processo para encerrar o conflito [no Oriente Médio] e atingir um consenso que assegure a defesa de Israel", explicou.
 
Responsabilidade e contenção
 
Em resposta ao pedido de moção de desconfiança, que poderia levar à queda do governo caso tivesse sido aprovado no Knesset, o premiê Binyamin Netanyahu disse que a oposição precisa te responsabilidade ao lidar com a atual crise.
 
"Eu exijo responsabilidade e contenção, já que uma nova frota está no horizonte. O que precisamos agora é confiança total no governo", afirmou.
 
O premiê disse ainda, segundo o "Haaretz", que em operações anteriores, como a Segunda Guerra ao Líbano, a oposição ficou ao lado governo, e que neste momento é isto que precisa ocorrer.

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