O Irã desistiu de mandar o seu barco para Gaza. Segundo a agência de notícias Irna, o secretário-geral da Conferência Internacional de apoio à Intifada Palestina, Hossein Sheikholeslam, disse na quinta-feira que a viagem da embarcação que partiria naquele dia foi inicialmente adiada para domingo devido a restrições impostas por Israel.
Ele acrescentou que, depois, autoridades terminaram cancelando a operação. Segundo Sheikholeslam, para evitar "desculpas" de Israel, a ajuda será enviada aos palestinos por outros meios, "sem mencionar o nome do Irã".
- O regime sionista fez do envio de ajuda para o povo de Gaza, que está sob cerco, uma questão política e nós não queremos politizar este tipo de ajuda humanitária porque em primeiro lugar nós queremos que o bloqueio a Gaza seja suspenso - disse Sheikholeslam, segundo a Irna. - O regime sionista mandou uma carta para a ONU dizendo que a presença de iranianos e libaneses em navios na região de Gaza será considerada uma declaração de guerra contra o regime e eles vão reagir.
Em uma nota no site das Forças de Defesa de Israel, o chefe militar do país, Gabi Ashkenazi, reafirmou na quinta-feira que "Israel tem o direito natural de inspecionar e impedir a circulação de armas na Faixa de Gaza".
"Se alguém está incomodado pela situação na Faixa de Gaza e quer enviar medicamentos para lá, deve respeitar nossas normas e ir ao porto de Ashdod", diz Ashkenazi. "É importante que nós mantenhamos esse direito e não podemos deixar a Faixa de Gaza se transformar em um porto iraniano".