O Supremo Tribunal de Justiça deverá decidir nesta segunda-feira se será concedido ao Rabinato Chefe mais tempo para responder a uma petição contra os rabinos da cidade que aparentemente rejeitaram conversões oficiais, ou se simplesmente se pronunciarão sobre a petição. O Rabinato-Chefe, que deveria responder à petição no domingo passado, solicitou um adiamento.
Aparentemente ainda não preparou uma resposta, pois está dividido entre a sua atribuição de organismo oficial do Estado de Israel como encarregado dos assuntos religiosos, e as ações dos seus representantes mais zelosos, que não estão aceitando a validade de algumas conversões aprovadas por órgãos oficiais desse mesmo organismo. A petição foi apresentada contra o rabinato e quatro rabinos da cidade, que reiteradamente tem se recusado aprovar licenças de casamento para israelenses que se converteram ao Judaísmo nas cortes religiosas ortodoxas reconhecidas pelo Estado.
A petição foi apresentada por Alina e Maxim Sardiyokov, uma convertida ao judaísmo e o seu marido; a ITIM – Centro para Informação para a Vida Judaica, e três outros peticionários públicos, incluindo o major-general (Ref.) Elazar Stern, ex-comandante de pessoal a das FDI.
São mencionados na petição, além do Rabinato Chefe o rabino Haim Blau de Ashkelon, o rabino Simcha Hacohen Kook de Rehovot, o rabino Yehuda Dov Volpe de Rishon Lezion e o rabino Yosef Sheinin de Ashdod.
Os peticionários se opõem ao adiamento de um único dia sequer, uma vez que "não é do interesse do Estado ou dos convertidos para que esta situação absurda se prolongue por mais tempo" o rabino Seth Farber do ITIM afirmou ao Jerusalem Post no domingo. "Quanto o fenômeno dos oficiais de registro de casamento não reconhecerem conversões aprovadas pelo Estado veio à luz, uma comissão do Knesset solicitou ao rabino chefe Ashkenazi Yona Metzger para resolver o problema, e Metzger sugeriu que se nomeassem oficiais de registro de casamento no lugar daqueles que não acatavam a decisão dos tribunais originais que aprovaram as conversões" um porta-voz Metzger informou ao Post no domingo.
"No entanto, moradores haredi das cidades em que residem os rabinos muito rigorosos se opõem à proposta, pois resultaria que seus rabinos somente seriam como carimbos de borracha em relação a uma decisão da que tinham razões para duvidar". O Estado reconhece conversões realizadas pelos tribunais rabínicos, os tribunais especiais de conversão administrados pelo Gabinete do Primeiro-Ministro e do Rabinato das FDI.
"Os rabinos têm dúvidas razoáveis sobre as conversões que surgem quando discutem o processo de conversão com os candidatos do casamento, e se vêem obrigados para corrigirem uma decisão errada feita pelo tribunal de conversão, que poderia ter sido induzido ao erro pelo convertido, que poderia ter sido orientado pelos conversores ulpanim para enganarem os rabinos com suas respostas" prosseguiu o porta-voz.
"Por outro lado, o Conselho Rabínico está ciente da situação absurda na qual uma conversão aprovada pelo Estado não é aceita por outro organismo também nomeado pelo Estado, formado por rabinos da cidade e oficiais de registro de casamento.
O Conselho ainda está preparando a sua resposta ao pedido judicial, e pediu que o juiz conceda-lhes mais tempo para esse propósito. "O problema reside no fato de que não existem procedimentos claros sobre a conversão, ao contrário de outros assuntos que são regulamentados pelo Estado relativos à religião, como o kashrut" afirmou o porta-voz. "E isso é o que estamos esperando para resolver agora”.