![]() |
Mercado Talpiot-Coisas Judaicas |
Comércio. Mercado Talpiot, no bairro de Hadar, em Haifa, onde palestinos e israelenses estão lado a lado.
Entretanto, escolas ainda são separadas e casamentos entre eles é uma raridade.
Jerusalém. Palco de um antigo conflito, Israel possui uma história de guerras e desentendimentos. No país, o impasse israelo-palestino deixa marcas e influencia a vida de seus habitantes. Em meio à tensão, porém, moradores de um bairro na cidade de Haifa, ao norte do país, apostam no respeito às diferenças.

Ao andar pelas ruas do bairro, é possível ver a diversidade ali existente. "Em Hadar, pessoas expressam seus pensamentos livremente. Ele deveria ser exemplo para o resto do país, já que ali judeus e palestinos conversam, vivem juntos, vão aos mesmos locais", diz a socióloga Yahel Ash Kurlander, que realiza trabalhos junto à comunidade.
Mercado.
O mercado a céu aberto em Hadar, chamado Talpiot, é um dos ambientes onde essa convivência pode ser percebida. Ali, entre barracas pertencentes a judeus e palestinos, colocadas lado a lado, o consumidor encontra legumes, verduras, doces e comidas típicas de ambos os povos. "Em Talpiot, todos trabalham juntos, fazem compras juntos. Compro onde o preço é melhor. Não importa a procedência do vendedor", afirma o judeu Ilan Roimy, 42. "A diversidade aqui é grande, o que torna o lugar especial", completa o também judeu Joel Baron, 63.
O mercado a céu aberto em Hadar, chamado Talpiot, é um dos ambientes onde essa convivência pode ser percebida. Ali, entre barracas pertencentes a judeus e palestinos, colocadas lado a lado, o consumidor encontra legumes, verduras, doces e comidas típicas de ambos os povos. "Em Talpiot, todos trabalham juntos, fazem compras juntos. Compro onde o preço é melhor. Não importa a procedência do vendedor", afirma o judeu Ilan Roimy, 42. "A diversidade aqui é grande, o que torna o lugar especial", completa o também judeu Joel Baron, 63.
Talpiot faz parte da vida do israelense de descendência palestina Khalin Vda, 40, que há 28 anos trabalha no local. "É gratificante conviver com tantas culturas diferentes", diz. Em Talpiot, devido ao contato com os clientes, ele aprendeu a falar várias línguas.

Barreiras. Apesar da integração que existe em Hadar, Yaron afirma que ainda há muito trabalho a ser feito. A escola que a criança judia frequenta não é a mesma da criança palestina. "Ensinam a meus filhos biologia, matemática. Quero é que eles aprendam a respeitar a todos e isso deveria ser ensinado na escola", reclama a radialista judia Inbar Dotan.

Se uma guerra explode em qualquer outro local do país, a tendência é que judeus e palestinos evitem sair às ruas ou falar uns com os outros. "Todos ficam bastante sensíveis", conta Yahel.
Via Dolorosa
Jerusalém é Palestina, segundo souvenir
Jerusalém. Toalhas com a foto de Jerusalém onde se lê “Visite a Palestina” são vendidas por comerciantes. Um homem, que insiste em gritar aos turistas: “Bem-vindos à Palestina e não a Israel”, teima em mostrar que o conflito israelo-palestino está vivo.
Os fatos acontecem em um grande mercado árabe em Jerusalém, situado à Via Dolorosa, rua que, de acordo com os cristãos, foi por onde Jesus carregou a cruz.
Naquele local, onde vários turistas de diversas partes do mundo transitam durante todo o ano, alguns palestinos tentam passar a mensagem de que, para eles, a Palestina existe como Estado.
Território que abriga diversas culturas, povos e religiões, Jerusalém é foco de disputa entre judeus e palestinos. O mercado árabe fica em Jerusalém Oriental, que abriga a Cidade Velha, local sagrado para judeus, muçulmanos e cristãos. Os judeus consideram toda Jerusalém como sua capital, enquanto a Autoridade Nacional Palestina reivindica a parte oriental da cidade como a capital de um suposto Estado Palestino.(RM)
Direitos
Origem. Israelenses com descendência palestina, teoricamente, têm os mesmos direitos que os judeus em Israel, salvo algumas exceções, como o ingresso no Exército.
Imprensa
“Não há como ser imparcial”, diz editora
Jerusalém. “Em um Estado não laico, é impossível ser 100% imparcial”. A declaração é da editora chefe do jornal “The Jerusalém Post”, Eetta Prince Gibson. Para ela, a mídia em Israel peca em não incentivar a boa convivência entre os dois povos em conflito. As linhas editoriais da maioria dos jornais em Israel, segundo a jornalista, tendem ou para o lado judeu ou para o lado palestino.
“Principalmente em período de guerra, não há como ser imparcial. Você tende a tomar partido. O povo fica fragilizado e é preciso escrever aquilo o que eles querem e precisam ler”, diz.


Olá,
ResponderExcluirMuito bom post. Mais pessoas precisam saber que palestinos e israelenses vivem em paz e harmonia dentro de Israel. A imprensa mundial omite o fato. Aqui no Brasil percebo muita desinformação sobre a convivência entre israelenses e palestinos, muitos nem sabem que existem palestinos vivendo normalmente dentro de Israel.
Te desejo a paz e sucesso.