Imprensa libanesa diz que detidos têm ligações com o Mossad, seviço secreto do governo israelense
BEIRUTE - As autoridades libanesas detiveram nesta semana dois novos supostos espiões que trabalhavam para os serviços de espionagem israelense, informou nesta sexta-feira, 26, a imprensa local.
O jornal As-Safir revela que um oficial aposentado das Forças de Segurança Interior foi detido na tarde da quinta-feira por sua suposta vinculação com a espionagem israelense. O suspeito, identificado como H.S., aparentemente tinha renunciado há alguns meses. O diário, que cita fontes de segurança anônimas, afirma que os soldados libaneses apreenderam um fuzil de assalto Kalashnikov, um computador, um equipamento de comunicação e documentos na casa do suspeito.
Outro jornal, o Al-Akbar revelou que o Exército libanês tinha detido outro homem, identificado como Michel, que, aparentemente, cooperava com o Mossad (serviços de inteligência de Israel) desde 2000. Segundo o diário, o suspeito confessou que tinha viajado para Tel Aviv em 2000 e 2004, fazendo escala na Ucrânia para passar por treinamentos e se reunir com seus chefes.
Ainda de acordo com o Al-Akbar, em maio de 2009 ele recebeu ordens de destruir o material que possuía após a detenção de dez pessoas que supostamente colaboravam com Israel. Temendo ser detido, viajou para um país árabe, mas retornou ao Líbano após ter certeza de que não era procurado pelas forças de segurança.
Em 2009, dezenas de pessoas foram detidas no Líbano por colaborar supostamente com o Mossad. Recentemente, o serviço secreto israelense tem sido alvo de críticas por conta das fortes suspeitas de que estaria ligado ao assassinato de Mahmoud al-Mabhouh, um alto dirigente do grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza.