na lista de 11 suspeitos do assassinato do líder do Hamas, Mahmoud al-
Mabhouh, morto num hotel em Dubai há duas semanas. A Polícia do
emirado divulgou uma lista de nomes, fotos e dados dos documentos de
11 pessoas, entre elas uma mulher, que teriam entrado nos Emirados
Árabes Unidos usando passaportes europeus para matar al-Mabhouh. Dubai
pediu ajuda à Europa e à Interpol para emitir uma ordem internacional
de prisão e não descarta a possibilidade de o grupo fazer parte do
Mossad, o serviço secreto de Israel.
- É possível que líderes de certos países tenham dado ordens a seus
serviços de inteligência. Não descartamos o Mossad, mas, com a prisão
dos suspeitos, saberemos quem está por trás do crime - disse o chefe
de Polícia de Dubai, Dhahi Khalfan Tamim.
Seis dos suspeitos usavam passaportes britânicos e três tinham
nacionalidade irlandesa, além de um francês e um alemão. Segundo a
Polícia de Dubai, as investigações apontam para uma técnica de ação
muito semelhante à usada pelo Mossad. Os 11 suspeitos chegaram ao país
em voos distintos, de países diferentes, se hospedaram em hoteis
espalhados pelo emirado e pagaram as despesas em dinheiro, além de
usar cartões de telefone com números variados para dificultar o
rastreamento.
Na terça-feira, a Jordânia extraditou dois palestinos acusados de
envolvimento na coleta de informações que permitiu aos assassinos
chegar à vítima.
Segundo a BBC, os passaportes britânicos e irlandeses usados na ação
eram falsos. Em Israel, a imprensa local identificou cinco pessoas com
nomes idênticos aos da lista divulgada em Dubai. Todos juram ter tido
a identidade roubada e alegam ter sabido do caso pelos jornais, como o
fisioterapeuta britânico Stephen Daniel Hodes, de 37 anos, morador da
cidade de Ramat Beit Shemesh, próximo a Jerusalém, há nove anos.
- Além do nome, usaram sua data de nascimento. Ele não é e nunca foi
do Mossad ou mesmo esteve em Dubai - contou a esposa, Gabriela, ao
"Ynet".