recebeu dezenas de ameaças de morte de pessoas que temem o fim dos
assentamentos judaicos na Cisjordânia, disse uma fonte oficial de
defesa na quarta-feira à Reuters.
Em novembro, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu irritou os colonos
ao determinar uma paralisação parcial da ampliação dos assentamentos
durante dez meses, para tentar convencer os palestinos a retomarem o
processo de paz suspenso há cerca de um ano.
"Dúzias de ameaças foram recebidas nas últimas semanas contra o
ministro (Barak) na forma de cartas", disse a fonte, pedindo anonimato
e acrescentando que "medidas de segurança foram incrementadas em
conformidade com isso".
O funcionário disse que as ameaças têm relação direta com o futuro dos
cerca de 500 mil colonos da Cisjordânia, que ocupam terras
reivindicadas pelos palestinos para o seu eventual Estado.
Israel está sob crescente pressão internacional, especialmente dos
aliados EUA, para congelar totalmente a atividade colonizadora na
Cisjordânia, capturada e ocupada por Israel desde a guerra de 1967.
O Shin Bet (serviço de inteligência interna de Israel) tem uma divisão
voltada para a localização de possíveis ameaças por parte de setores
judaicos ultranacionalistas.
Uma fonte de segurança disse que a divisão acredita haver "um par de
dúzias" de colonos e simpatizantes que estariam dispostos a atacar uma
autoridade israelense de primeiro escalão para tentar impedir uma
desocupação da Cisjordânia
Em 1995, um judeu ultranacionalista contrário ao processo de paz com
os palestinos assassinou o então primeiro-ministro Yitzhak Rabin,
afetando duramente os esforços pacificadores nos anos seguintes.
A fonte de segurança disse que pode haver até outras mil pessoas que
apoiariam ataques contra algum funcionário israelense de primeiro
escalão.
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"A grandeza requer atenção e esforço.
Lembre-se: o mato cresce sozinho, mas flores precisam de cultivo"
Magal
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