Europeia (UE) defenderam hoje que Jerusalém seja a "capital futura de
dois Estados", e insistiram em que não reconhecerão mudanças de
fronteiras na região ocorridas após 1967.
O Conselho de Ministros da UE chegou a um acordo sobre um documento de
conclusões, que ressalta que o status da cidade deve ser estipulado
através de negociações entre israelenses e palestinos.
Após uma longa discussão, a UE eliminou da minuta a menção a Jerusalém
Oriental como capital de um futuro Estado palestino.
No entanto, o Conselho da UE manteve a maioria dos pontos em disputa,
entre os quais ressaltou sua "profunda preocupação" com a situação em
Jerusalém Oriental e lembrou que "nunca reconheceu a anexação" dessa
parte da cidade por Israel.
A UE também pede ao Governo israelense que pare com "qualquer
tratamento discriminatório" aos palestinos de Jerusalém Oriental, e
ressalta que, para que haja uma paz duradoura, é preciso encontrar uma
via negociada "para resolver o status de Jerusalém como futura capital
de dois Estados".
Além disso, mantém a disposição da União Europeia de reconhecer,
"quando for adequado", a independência de um Estado palestino
Também afirma que os assentamentos israelenses, o muro de separação em
território ocupado por Israel, a demolição de casas palestinas e a
retirada de famílias palestinas "são ilegais", segundo o direito
internacional, são um obstáculo para a paz e "ameaçam" tornar
impossível a solução de dois Estados.
Por isso, os ministros insistiram em que Israel coloque fim
"imediatamente" a todas as atividades de construção de assentamentos,
tanto na Cisjordânia quanto em Jerusalém Oriental, assim como o
desmantelamento das edificadas ilegalmente desde março de 2001.
Neste sentido, a UE mostrou sua satisfação, "como um primeiro passo",
com o recente anúncio do Governo israelense de suspender durante dez
meses as obras de ampliação de assentamentos.
Esta suspensão temporária não convenceu os palestinos, porque não será
aplicada em Jerusalém Oriental e porque permite continuar a construção
de cerca de 3 mil casas já começadas.
Além disso, a UE sustenta que o bloqueio israelense sobre Gaza é
"inaceitável e politicamente contraproducente".
Os ministros de Exteriores da UE definiram este texto para apoiar os
esforços dos Estados Unidos em conseguir uma retomada das negociações
entre Israel e palestinos.
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Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha
intensidade que se petrifica e nenhuma força jamais o resgata.
Magal
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