Jerusalém, 2 dez (EFE).- O prefeito do assentamento judaico de Beit Aryeh, Avi Naim, foi detido nesta quarta-feira ao impedir a passagem dos inspetores que vigiam o cumprimento da moratória colonizadora parcial decretada por Israel, segundo diversas fontes.
Após a detenção, Naim foi transferido a partir da base da Polícia de Fronteiras ao hospital Tel Hashomer, nos arredores de Tel Aviv, ao reclamar de dores no peito, informou o Conselho de Assentamentos judaicos, Yesha.
Os incidentes entre colonos opostos à moratória e as forças de segurança que escoltam os inspetores ocorreram nesta quarta-feira em três pontos do norte da Cisjordânia: Beit Aryeh, Har Brajá e Elon Morei.
"Alguns moradores tentaram impedir o acesso das forças de segurança e inclusive furaram os pneus dos veículos", contaram à Agência Efe fontes militares.
Em Har Braja, pelo menos duas pessoas foram detidas por bloquear três quilômetros de estrada entre o assentamento e a cidade palestina de Nablus, disse à Efe o escritório de coordenação de Samaria, que representa os colonos no norte da Cisjordânia.
Na colônia de Elon Morei, uma manifestação similar liderada pelo rabino chefe da colônia, Elyakim Levanon, também provocou confusão.
Apesar da agitação, as fontes militares afirmaram que os inspetores conseguiram fazer o trabalho.
Segundo fontes do Conselho Yesha, 200 pessoas se reuniram na entrada do assentamento de Kedumim, também no norte da Cisjordânia, para tratar de frear a aplicação da moratória de dez meses à construção na Cisjordânia.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem que a decisão é "temporária", e esclareceu que quando acabar o prazo continuará a construção nas colônias.
A afirmação do chefe de Governo pretendia amenizar as críticas contra a medida, à qual declararam guerra os moradores dos assentamentos judaicos nos territórios palestinos ocupados na Cisjordânia.
A moratória, anunciada na semana passada por Netanyahu, tem como objetivo encorajar os palestinos e retomar o diálogo de paz, interrompido desde o ano passado.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) considera que a medida é insuficiente porque não envolve Jerusalém Oriental, as cerca de 3 mil casas onde que já tem alicerces prontos e as infraestruturas públicas como escolas, centros de saúde e sinagogas.
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Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força jamais o resgata.
Magal
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Prefeito de colônia é preso em conflitos contra moratória israelense
quarta-feira, dezembro 02, 2009
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