(OLP) acusou Israel de endurecer sua postura nos esforços para retomar
as negociações, depois que os israelenses aprovaram, em primeira
leitura, um projeto de lei para realizar um plebiscito antes da
evacuação de qualquer território ocupado em 1967.
"Rejeitamos completamente todas as tentativas sionistas de impedir
qualquer retomada das negociações de paz", disse nesta quinta-feira
Saleh Rafat, membro do Comitê Executivo, principal instância da OLP.
O Knesset (Parlamento israelense) aprovou ontem um projeto de lei que
obriga a realização de uma consulta pública sobre qualquer evacuação
do território ocupado na Guerra dos Seis Dias (1967). Durante a
disputa, Israel ocupou Cisjordânia, Gaza, Jerusalém Oriental, Sinai e
Colinas do Golã.
A votação aconteceu depois que o primeiro-ministro israelense,
Benjamin Netanyahu, anunciou na segunda-feira que a Síria agora está
disposta a estabelecer negociações de paz com Israel sem fixar nenhuma
condição prévia, o que a imprensa interpretou como se Damasco
estivesse aceitando retirar sua reivindicação de completa retirada
israelense das Colinas do Golã.
Após ocupar o Golã, Israel anexou o território por lei no início dos
anos 80. Entretanto, para a OLP e a legislação internacional, a
ocupação israelense de territórios árabes desde 1967 viola as
resoluções internacionais e "Israel deve anunciar que está
comprometido com estas resoluções", disse Rafat à emissora "Voz da
Palestina".
O projeto de lei israelense requer ainda mais duas leituras antes de
ser aprovado finalmente, e se aplica igualmente a Jerusalém Oriental,
onde os palestinos querem estabelecer a capital de seu futuro Estado.
Rafat disse que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) mantém contatos
com vários Estados árabes antes de se dirigir ao Conselho de Segurança
da ONU a fim de buscar o reconhecimento do Estado da Palestina.
"Esta medida tem por objetivo mostrar a Israel que a expansão dos
assentamentos em Jerusalém e em todos os territórios palestinos é
contra as resoluções internacionais", destacou Rafat.
A rejeição de Israel em parar completamente a construção de colônias
judaicas em Jerusalém Oriental e Cisjordânia faz com que a ANP decida
não suavizar suas exigências para retornar à mesa de negociações,
interrompidas há quase um ano.
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Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha
intensidade que se petrifica e nenhuma força jamais o resgata.
Magal
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