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Israelenses protestam contra moratória da construção na Cisjordânia


Protesto: "'Bibi', você serve a nós, e não aos EUA", diz cartaz



JERUSALÉM - Milhares de colonos judeus se concentraram nesta tarde em frente à residência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, para protestar pela moratória de dez meses na construção dos assentamentos na Cisjordânia.
Sob o lema "Romper o congelamento", em referência à suspensão temporária da edificação nas colônias, 6 mil pessoas expressaram sua rejeição à medida, adotada em 25 de novembro pelo governo.


O governo de Netanyahu resolveu suspender a construção nos assentamentos judaicos com a intenção de sensibilizar e abrir caminho para a retomada do processo de paz no Oriente Médio, embora não conte com a concordância dos palestinos.

"Mantenham as construções na Judéia, Samaria (nomes bíblicos da Cisjordânia) e Gaza", "Na Declaração de Direitos Humanos, os judeus não estão incluídos" ou "Um judeu não joga contra outro judeu" eram algumas das frases que os manifestantes carregavam em cartazes.

A Praça Paris foi o cenário escolhido pelo Conselho de Assentamentos judaicos Yesha para realizar a manifestação, porém a adesão não foi como a esperada.

Além de colonos residentes na Cisjordânia, também estavam inúmeros moradores de Jerusalém da direita nacionalista, que temem que a moratória seja o primeiro passo antes da suspensão definitiva da construção na cidade santa.

"Nós judeus temos o direito de viver em qualquer lugar desta terra e não precisamos que ninguém venha nos dizer onde podemos construir e onde não", declarou Avi Abramovich, morador da Cidade Antiga de Jerusalém.

Manifestações contra EUA


Entre os cartazes carregados pelos manifestantes, destacavam-se as alusões ao suposto papel dos EUA Unidos e do presidente, Barack Obama, na decisão do governo israelense.

"Entendo que Bibi (como é conhecido popularmente Netanyahu) esteja sendo muito pressionado para mostrar que quer falar com os palestinos. Mas o único que podemos fazer para obrigá-los a sentar-se à mesa de negociações é construir o mais que pudermo para que se deem conta de que não resta mais tempo", disse Abramovich.

Os protestos ocorrem apesar de o próprio Netanyahu e diversos membros de seu gabinete terem garantido aos colonos que a paralisação seria parcial e, concluído o prazo estabelecido, a edificação seria retomada.

Oznat Shubeli, morador no assentamento judaico de Kedumim, acredita que não há garantias: "temos medo que Netanyahu não cumpra com sua palavra. Só queremos construir nossas casas em paz", disse.

O presidente do Conselho de Assentamentos Judaicos Yesha, Daniel Dayan, declarou à televisão pública israelense que "nossa missão é construir na Terra de Israel e queremos fazê-lo com ajuda do governo, mas, se não tivermos apoio, faremos por nossa conta".

Desde que foi anunciada a moratória há duas semanas, os colonos têm entrando em confronto com forças de segurança que escoltam os inspetores militares que supervisionam a aplicação da medida, que não inclui Jerusalém Oriental.

A Autoridade Nacional Palestina rejeita a medida por considerá-la insuficiente, porque não inclui Jerusalém Oriental, nem as 3 mil casas onde já foram construídos os alicerces, nem infraestruturas públicas como escolas, centros de saúde e sinagogas.

O Mapa do Caminho, o plano de paz lançado em 2003 pelo Quarteto de Madri (ONU, EUA, UE e Rússia), obriga Israel a parar as construções nas colônias judias de Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.

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