Hamas a resposta israelense à proposta de troca de um soldado
sequestrado por centenas de palestinos presos em Israel.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu discutiu noite adentro com seus
ministros sobre a conveniência de responder às exigências do Hamas, o
que inclui a libertação de militantes responsáveis por ataques que
mataram dezenas de israelenses.
Uma fonte próxima às negociações disse, sob anonimato e sem entrar em
detalhes, que Israel transmitiu sua decisão, e que agora cabe ao Hamas
aceitar ou não a posição do Estado judeu.
Ao final da reunião noturna, o gabinete de Netanyahu divulgou uma nota
em que se limitava a dizer que a equipe de negociação foi instruída a
continuar seus esforços pela libertação do soldado Gilad Shalit, de 23
anos, capturado por militantes em 2006 em Israel e levado por um túnel
para a Faixa de Gaza, território sob controle do Hamas.
Egito e Alemanha tentam mediar uma eventual troca de prisioneiros, que
pode incluir cerca de 1.000 dos 11 mil palestinos detidos nas cadeias
de Israel.
Informado sobre o andamento da reunião ministerial, Noam Shalit, pai
do soldado, afirmou: "Ainda não estou otimista, mas tampouco estou
pessimista."
O direitista Netanyahu está sob pressão de familiares de vítimas de
atentados para não libertar os presos palestinos responsáveis por atos
violentos. A imprensa israelense diz que ele cogita proibir assassinos
condenados de voltarem a suas casas na Cisjordânia ocupada, um
território próximo a cidades israelenses - a alternativa seria
enviá-los para a Faixa de Gaza ou outros países.
A fonte oficial que falou à Reuters na Faixa de Gaza afirmou que o
Hamas não deve abrandar suas exigências, e que qualquer acordo terá de
ser aprovado por líderes do grupo no exílio.
Uma troca de prisioneiros nos próximos dias coincidiria com o primeiro
aniversário da ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, no dia 27.
Pelo menos 1.400 palestinos e 13 israelenses morreram em três semanas
de forte confronto.
A ONU e potências ocidentais esperam que a troca abra caminho para um
relaxamento do bloqueio israelense a Gaza, onde 1,5 milhão de
palestinos dependem de ajuda alimentar e do contrabando para
sobreviver.
Netanyahu, no entanto, não dá sinais de que atenuará as restrições
após um acordo com o Hamas, grupo que rejeita as pressões ocidentais
para reconhecer Israel e renunciar à violência.
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Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha
intensidade que se petrifica e nenhuma força jamais o resgata.
Magal
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