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Qual a sua solução para o conflito entre israelenses e palestinos?

Gustavo Chacra


É impossível Israel ser democrático, judaico e existir em toda a Palestina histórica – o que inclui o Estado israelense pré-1967, Cisjordânia e faixa de Gaza. Isso não sou eu que digo. É a conclusão de muitos analistas que se debruçaram sobre o assunto e também de líderes de organizações judaicas americanas como a J-Street e o Israeli Policy Forum (dirigentes das duas entidades me concederam entrevista para reportagem publicada no domingo passado). Levando-se em conta esta conclusão, seguem as três possibilidades para Israel.



Opção 1 – Judaico e em toda a Palestina Histórica – neste caso, Israel não seria democrático, pois não poderia conceder direitos civis à população palestina sob o risco de perder o caráter judaico. A única saída para viver em um Estado judeu em toda Palestina histórica seria negar cidadania aos palestinos, tratando-os como uma subclasse ou então os expulsando. Nos dois casos, isso ficaria mais próximo de um Estado de Apartheid do que de um Estado democrático.

Opção 2 – Judaico e Democrático – É possível, mas próximo das fronteiras pré-1967. Assim, os judeus seriam maioria, com uma população árabe minoritária mas com direitos civis. Os israelenses teriam que abdicar de grande parte dos seus assentamentos, mantendo alguns em troca de terras em outras regiões que fariam parte do Estado palestino. Basicamente, é a solução para o conflito mais defendida ao redor do mundo, inclusive em Israel. Claro, faltaria discutir a questão dos refugiados e o status final de Jerusalém

Opção 3 – Democrático e em toda a Palestina histórica – Seria o Estado binacional, ou o “one-state solution”. Dessa forma, cada habitante teria direito a um voto, fosse ele judeu , muçulmano, cristão, druzo ou samaritano. Colonos poderiam ficar nos assentamentos onde vivem, outros poderiam comprar casas em Hebron ou qualquer cidade da Cisjordânia. Refugiados poderiam ir para Haifa, Jerusalém e outras cidades de Israel. Todos seriam cidadãos. Mas o movimento sionista, de conquistar uma pátria para os judeus, perderia o sentido. Assim como o ideal palestino de ter seu próprio Estado.


Qual das três opções vocês acham melhor? Há alguma outra sugestão?

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1 Comentários
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  1. acho que a terceira opção é a mais moderna, mas tanto palestinos como judeus não estão inclinados a abrir mão de suas identidades culturais mais tradicionais; o fim de todas as barreiras é algo muito utópico e messiânico. A realidade está mais próxima de um conflito permanente com intervalos de tranquilidade, imagem sugerida pela opção 2. Finalmente, a primeira opção é a pior, pois colocaria a opinião pública estrangeira contra Israel.

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