
Peres recomendou "paciência" às autoridades palestinas no processo de negociação e denunciou a estratégia do movimento islâmico Hamas, que "sempre disparou várias vezes contra eles", disse.
O Hamas "é que divide, e não Israel", e não permitirá que o presidente palestino "faça o que quiser", acrescentou.
Os palestinos "devem negociar com paciência e acho que, quanto estiver com eles, melhores vizinhos vamos ter".
Durante seu discurso, Peres relatou uma conversa mantida com o presidente palestino na qual Abbas lhe confessava que estava cansaço com a falta de resultados no processo de negociação.
"Falei com Abbas e ele me disse: há 50 anos busco a paz para meu povo, sem resultados. Chega, que outro trate disso. Eu respondi: tem todas as razões do mundo para agir assim, menos uma: não tem o direito de deixar seu povo sem você", lembrou.
Admitiu que a paz "é difícil de conseguir" porque "alguém tem que representar seu próprio povo e a própria gente às vezes pergunta por que é tão brando".
No entanto, mostrou-se convencido de que "estamos muito perto de alcançar a paz" com os palestinos.
"Não queremos ocupar sua terra nem governar seu povo", disse Peres, que insistiu em que a criação de um Estado palestino deve sair do processo de negociação de paz.