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Jornalista Sabrina Abreu lança livro sobre Israel

Em ''Meu Israel'', ela tenta descrever a Israel que a mídia desconhece


Boates, praias badaladas, bares, festas de música eletrônica. Poderia ser uma descrição de qualquer grande metrópole do Ocidente, mas poucas pessoas relacionariam essas palavras à qualquer cidade de Israel. No entanto, foi exatamente isso que a jornalista Sabrina Abreu viu - e viveu - durante os onze meses em que morou no país. Sua experiência no Oriente Médio foi relatada no livro Meu Israel, que será lançado no dia 17, terça-feira, na livraria Leitura do Pátio Savassi.

Nos meses em que viveu no país, Sabrina tentou entender melhor o que se passava em um país tão presente na mídia e ao mesmo tempo tão distante da nossa compreensão. Para isso, mergulhou fundo nos hábitos e costumes dos israelenses, tanto dos nascidos no país, quanto daqueles que o escolheram como 'lar adotivo'.


Grande parte da jornada de Sabrina Abreu se deu nas duas capitais de Irsael: Jerusalém, a capital declarada, mas não reconhecida pela comunidade internacional, e Tel Aviv, a capital financeira do Estado. As duas maiores cidades do país possuem personalidades totalmente diferentes. Israel une o moderno e o tradicional, mas tem na religião seu principal atrativo. É considerada uma cidade santa pelos Judeus, Cristãos e Muçulmanos, e por isso é o foco de vários turistas, e também de disputas políticas.

Já Tel Aviv, a segunda maior cidade do país, tem um perfil mais cosmopolita. É um local onde a tolerância é sempre exercitada, o que se pode perceber nos trajes nada ortodoxos usados nas praias ou na forte presença da comunidade gay em bares e festas, características que fogem totalmente ao estereótipo do país.

Conflitos e violência

Por falar em estereótipo, é quase impossível falar de Israel sem fazer menção aos conflitos históricos entre palestinos e israelenses. Diariamente, na mídia, é possível encontrar notícias de confrontos, mortes e ataques. Desde 2003, quando vários acordos de cessar-fogo foram firmados, a situação ficou sob controle na maior parte do território israelense, mas ainda existe tensão nas regiões de fronteira. Existem sanções em relação ao trânsito de pessoas nos territórios palestinos e israelense, explica Sabrina:

"Há lugares na Cisjordânia, em que as pessoas têm um acesso muito restrito a Israel. Como aconteciam muitos ataques suicidas na região, a medida de segurança foi dificultar o acesso ao território. Da mesma forma, um israelense não entra com seu carro na Palestina. Mas isso para a gente é muito louco, porque lá é tão pequeno, que é como se alguém de Belo Horizonte não pudesse entrar em Betim".

Juseu ortodoxo passeia por Safed, a capital mundial da Cabala

Fora das regiões de fronteira, o pragmatismo do dia-a-dia faz com que as relações sejam mais amenas e cordiais. Em Jerusalem, a cidade com a maior incidência de população árabe, a sensação é de tranquilidade, segundo Sabrina. Ela se arrisca a dizer, inclusive, que se sentiu mais segura em Jerusalém do que no Brasil.

"Praticamente não há violência urbana em Israel. Lá, eu ia a um banco 24 horas e voltava a pé de madrugada, sem me preocupar", afirma a jornalista.

Religiosidade

Uma das experiências mais marcantes de Sabrina país foi observar o valor da religião na vida dos israelenses, tanto dos judeus quanto os muçulmanos. Em Jerusalem, ela pôde observar isso de forma mais vívida, em suas visitas ao muro das lamentações, local sagrado dos judeus, ou vendo os rituais muçulmanos, como as rezas diárias que os fiéis fazem, voltados para Meca:

"Não é incomum, na hora da reza, uma pessoa pegar seu tapete e ajoelhar no meio da rua. Eu achava isso muito especial".

Ao contrário do que acontece no Brasil e em outros países de tradição católica, onde os jovens são cada vez mais distantes da religião, por lá a história é outra. Um levantamento feito pelo instituto alemão Ber­telsmann Stiftung com jovens entre 18 e 29 anos revelou que Israel é o único país onde os jovens são mais religiosos que os adultos. No entanto, a maioria dos jovens não é ortodoxo.

"Antigamente, ou a pessoa era ortodoxa ou era ateia, pricipalmente quem vivia no kibutz, que vinha do leste europeu e tinha uma tradição socialista. Essa geração mais jovem tem outras formas de viver a religião. Eles não se diferenciam entre si, é igual aqui, você olha alguém na rua e não sabe se ele é católico ou batista", exemplifica.

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