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Si Vis Pacem, Para Bellum, Repetem-se os Erros da 2ª Guerra - Herman Glanz 11/10/2009




Si Vis Pacem, Para Bellum, Repetem-se os Erros da 2ª Guerra

Herman Glanz 11/10/2009 -

 

O problema iraniano está na Ordem do Dia, como ponto de interesse não só de Israel, como dos americanos e europeus. E também aqui na América do Sul, por causa do envolvimento da Venezuela, Bolívia e Equador. No domingo passado, 4 de outubro, o jornal londrino, 'The Sunday Times' publicou matéria informando que a visita secreta do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a Moscou, ocorreu no dia 7 de setembro passado, e foi para mostrar os nomes dos cientistas nucleares russos trabalhando no Irã para o desenvolvimento de armas nucleares.

 

Em primeiro lugar devemos ter em conta de que saíra a notícia da visita secreta de Netanyahu a Moscou ainda em setembro, mas foi desmentida por Moscou e Israel, até que foi admitida, mas sem se dizer do motivo. Em segundo lugar, a notícia agora no jornal europeu é o vazamento de um fato secreto, e o jornal é bastante sério para não ter verificado sua procedência. A matéria parece de origem israelense, demonstrando que Israel resolveu partir para fazer a sua parte, por não poder admitir um Irã nuclear. A escolha de um jornal europeu e não americano, indica confrontar as relações da Rússia com o resto da Europa. Em terceiro, observando que o jornal americano 'The New York Times' revelou que a 'Agência Internacional de Energia Atômica' informou que o estado de desenvolvimento iraniano indica estar próximo da fabricação de artefatos nucleares, contrapondo-se aos informes anteriores da mesma Agência, permite pensar que há uma coordenação de americanos e israelenses.

 

A visita de Netanyahu é um recado, demonstrando o quanto Israel penetrou nos assuntos secretos iranianos. Levando em conta de que os serviços de inteligência russos são muito competentes, indicou uma grande falha russa, que pode levar a conseqüências para os dirigentes desses serviços no Irã, e até mesmo na Rússia. A partir de agora parece que Israel já dispõe de bastante informação, podendo se livrar de seus operadores no Irã. Indica, também, que deve ter bastante conhecimento de todas as instalações nucleares e militares iranianas. Os cientistas russos poderiam estar trabalhando por conta própria, não como ajuda de Moscou ao Irã, depois que houve uma queda nas atividades russas com a independência da Ucrânia, e cientistas ucranianos e russos ficaram desempregados. Mas a Rússia tem conhecimento desse trabalho e assim se divulgou o envolvimento russo. A Rússia vem permanentemente negando seu auxílio ao Irã, que agora ficou claro e colocou os russos em confronto com os americanos e europeus, demonstrando que virão relações difíceis com os Estados Unidos, a Inglaterra, a França e, especialmente com a Alemanha. O grande público americano fica ciente da posição dos dirigentes russos e o Irã fica advertido do fato. Isso pode significar que uma operação militar esteja sendo preparada, porque os americanos não poderão tolerar um Irã nuclear tanto quanto Israel, especialmente porque os dirigentes iranianos não são confiáveis. E os russos ficam desmascarados, pois sempre se manifestaram em apoio a sanções ao Irã, negando armar aquele país.

 

Se nos lembrarmos de navio russo dado como desaparecido no Ártico, que, segundo a mídia, foi denunciado por Israel como transportando mísseis antiaéreos russos ao Irã, que os russos negaram, mas transpirou ser verdadeiro, demonstra que se está de olho na movimentação da Rússia para armar o Irã. Outro ponto a levar em conta é o fato do Presidente Barak Obama ter preferido levar o escudo antimíssil para o Oriente, tirando-o da Europa, satisfazendo a Rússia, mas indicando um confronto com o Irã. Mas foi essa atitude de mudar o Escudo Antimíssil e outras que deram a Obama o Prêmio Nobel da Paz. Mas também pode significar um aviso para não atacar o Irã.

 

Prever as conseqüências é complicado, mas duas coisas podem acontecer: a Rússia recuar, o que parece difícil. A guerra ao Irã acontecerá, levada a cabo por americanos e israelenses. Isso pode mudar toda a problemática do Oriente Médio. Enquanto o enviado americano, Mitchel, fala em Estado Palestino contíguo, que só pode acontecer com um elevado ou túnel, Ahmadinejad acaba de declarar que qualquer ataque americano ou israelense ao Irã será respondido com ataque ao coração de Israel. Mas, evidentemente antes de atacar, Israel deve estar se preparando. Se, de um lado, nem todos os mísseis antiaéreos russos S-300 sejam iguais, devemos nos lembrar que Israel dispunha de sistema de desativação desses mísseis, e só atacará com novos recursos, como foi o ataque ao reator sírio, quando aviões israelenses penetraram no espaço aéreo, cumpriram sua missão e voltaram sem serem detectados. Para os mísseis iranianos existe o escudo antimíssil. Evidentemente, chegar ao Irã é mais complicado, são 2000 km, exigindo abastecimento no ar, nada impossível para Israel e Estados Unidos; além do mais, americanos estão no Golfo Pérsico, e deverão manter o Estreito de Ormuz aberto. A Marinha americana poderá atacar com mísseis.

 

Algo mais resulta destas observações: o perigo do apoio a dirigentes guerreiros, dispostos a tudo para avançar seu próprio império e hegemonia e, lamentavelmente, com a exploração do ódio, evidentemente e sempre, ódio aos judeus. Como na Segunda Guerra, quando dez dias antes do seu início, a Rússia Soviética assinava um Pacto Teuto-Soviético, dando luz verde à Alemanha nazista para deslanchar a hecatombe, pois, enquanto Hitler tomava a parte ocidental da Polônia a Rússia soviética tomava a parte oriental e ajudava o esforço de guerra alemão durante todo o período em que durou o Pacto. Os comunistas em todo o mundo, (inclusive no Brasil), apoiavam o nazismo porque seguiam as idéias do ditador Stalin. O nazismo só virou palavrão para os comunistas quando Hitler invadiu a Rússia soviética em junho de 1941. Daí em diante a direita e o nazismo igualados  passaram a ser abomináveis para a esquerda. E a história se repete, sempre com a mesma Rússia, ajudando dirigentes insensatos, porque busca a sua própria hegemonia, apesar de que, há exatos 20 anos, ruía o império comunista, com a queda do Muro de Berlin, em novembro de 1989. Mas devemos ter presente que o dirigente russo, Vladimir Putin foi dirigente da KGB, herdando toda a linha de pensamento e estratégia de dominação fascista soviéticos.

 

Pode ser que, daí, resulte a paz no Oriente Médio, pois um Irã contido significa vitória no Iraque e Afeganistão. E um baque para a Rússia.


Magal
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