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Neonazista preso em Porto Alegre teria fornecido arma para matar casal no Paraná, diz delegado


Um dos neonazistas que foi preso em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, por ter tentado matar um segurança negro do Trensurb , teria fornecido a arma usada para assassinar um casal na região metropolitana de Curitiba, no Paraná, que também integraria um grupo neonazista. A informação é do delegado Paulo César Jardim, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre. Segundo ele, a arma de onde saiu os disparos que mataram os universitários Bernardo Dayrell Pedroso, de 24 anos, e Renata Waechter Ferreira, de 21 , , em maio deste ano, foi obtida por Laureano Toscani na Argentina. Toscani nega.


Toscani, de 24 anos, e Daniel Fabrício Silva de Oliveira, 21 anos, foram presos no final da noite de quarta-feira por tentativa de homicídio em Porto Alegre. Eles agrediram um segurança do Trensurb, na Estação Mercado, no Centro, por volta das 23h30m. A Polícia Civil informou que os suspeitos têm relação com grupos neonazistas. A polícia já identificou dois suspeitos que estavam com a dupla e conseguiram fugir.

Conforme testemunhas, a dupla pretendia urinar no saguão da estação quando foi interpelada pelo segurança Agnaldo Silva da Silva, 30 anos, que é negro. A reação desencadeou uma série de xingamentos, fazendo referência à cor do homem, que culminou com uma facada no seu pescoço. Outros seguranças da Trensurb apartaram a briga e chamaram a Brigada Militar. Uma faca e um martelo foram apreendidos. Os dois suspeitos foram encontrados nas imediações por uma guarnição da BM e detidos. A vítima teve um corte superficial e passa bem.


(Leia também: Grupos neonazistas planejavam explodir sinagogas e lançar candidatos na política no Brasil)

De acordo com o delegado Paulo César Jardim, Toscani diz que integra um grupo de neonazistas chamado Skin Nazi e já fez parte de um outro, chamado Whitepower Sul Skin. Segundo o delegado, já foram identificados cinco grupos neonazistas com integrantes no Sul do país e em São Paulo.

- A diferença entre eles é a forma de agir. Mas todos se dizem filhos de Hitler, querem a higienização racial, são contra judeus e negros. Mas eles brigam entre si, já teve até caso de um tomar a namorada do outro - disse o delegado.

Segundo Jardim, enquanto o grupo neonazista Neuland (terra nova, em alemão) propõe o terror, outro, o Blood & Honor (Sangue e Honra), acompanhado há cerca de oito anos pela polícia gaúcha, é contra o terrorismo e assassinatos.

De acordo com a polícia, Laureano Toscani tem ligação com o crime organizado que atua fora e dentro dos presídios de São Paulo. Ele ainda é acusado de outros crimes, entre eles a tentativa de homicídio contra três judeus no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, em 2005. Ele já cumpriu pena no Presídio Central e em São Paulo.

- O Laureano é um líder do movimento neonazista e skinhead do Rio Grande do Sul e fornece armas para esses grupos. Ele é muito respeitado por esse pessoal e tem uma ficha criminal muito grande - diz o delegado.

Jardim afirma que a polícia do Rio Grande do Sul tem trabalhado em conjunto com a de outros estados em que há grupos neonazistas, como Santa Catarina, Paraná e São Paulo, trocando informações. O delegado diz que as atividades deles são monitoradas pela polícia, para que crimes sejam evitados. Na opinião de Jardim, os grupos neonazistas estão diminuindo:

- Eles estão sofrendo um revés. Quase todos têm processo em andamento e muitos serão julgados pelo Tribunal do Júri - disse o delegado, que acredita que os jurados tendem a condenar os acusados que pertencem a grupos neonazistas.

O delegado informou que a polícia já sabia que o outro jovem preso na madrugada de quarta, e, Porto Alegre, Daniel Fabrício Silva de Oliveira, participava de reuniões de neonazistas.

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