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Irã anuncia teste de míssil capaz de atingir Israel


O governo do Irã anunciou nesta segunda-feira um segundo dia de testes com mísseis balísticos que, segundo analistas, podem alcançar 2.000 km --o suficiente para atingir Israel e as bases americanas no Golfo. O anúncio chega apenas três dias antes da rara reunião entre Teerã e seis potências (Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha) para um diálogo nuclear e pressão renovada, apesar da resistência iraniana, à desnuclearização do regime teocrático.
A Guarda Revolucionária, corpo de elite do Exército iraniano, anunciou nesta segunda-feira o lançamento "com sucesso" de mísseis de longo alcance classe Shahab-3, capazes de alcançar alvos em um raio de entre 1.300 e 2.000 km, informou a imprensa local.

O lançamento destes projéteis, que são a estrela do programa balístico iraniano, representa o ponto culminante das manobras com mísseis realizadas pela Força Aérea da Guarda Revolucionária em diferentes partes do país.
"As Forças Armadas executaram com êxito nesta segunda-feira os disparos de um míssil Ghadr-1, uma versão melhorada do Shahab-3, e de um míssil Sejil de duas fases a combustível sólido", declarou o comandante Salami ao canal iraniano em língua árabe Al Alam.
O míssil Ghadr-1 tem alcance de 1.800 km. Já o Sejil é um míssil de alcance de 2.000 km. Os dois mísseis têm capacidade para atingir o território de Israel, que fica a 1.000 km.
"O Sejil de duas fases, com dois motores, utiliza combustível sólido combinado e tem capacidades extraordinárias", declarou há alguns meses o ex-ministro da Defesa iraniano, Mohamad Ali Najar.
Ameaça
Pouco antes dos disparos dos mísseis, o comandante da força aérea da Guarda Revolucionária, Hosein Salami, advertiu que Teerã responderá a qualquer ameaça, especialmente contra seu programa nuclear, de forma "destrutiva" --o que indica que os exercícios podem ser um lembrete às potências do que o Irã é capaz antes de entrar na mesa de negociações.
"Diante das ameaças contra a existência, a independência, a liberdade e os valores do regime, nossa resposta será direta, firme e destrutiva", declarou, segundo a agência Irna.
Também afirmou que Teerã fará com que seus inimigos "lamentem" as ameaças.
O Ocidente, liderado pelos EUA, afirma que o programa nuclear iraniano é uma ameaça e serve para produção de armas --acusação que Teerã nega. Analistas dizem que Israel não descarta a opção militar contra as instalações iranianas para impedir um ataque ao seu território.
A Guarda Revolucionária realizou manobras balísticas também neste domingo, com disparos de mísseis de curto, médio e longo alcance.
Ao ser questionado sobre a eventual relação entre os exercícios balísticos e o anúncio na sexta-feira da construção pelo Irã de uma nova central de enriquecimento de urânio, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Hasan Ghashghavi, afirmou que "não existe nenhuma".
Reunião
A reunião do Grupo dos Seis e o Irã para discutir a questão nuclear será realizada nesta quinta-feira (1º). Apesar da pressão pública das potências, o Irã resiste em colocar na mesa o debate sobre seu programa nuclear.
Os EUA devem enfrentar ainda a resistência da Rússia e da China, membros com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que já disseram que não aprovarão novas sanções contra o Irã.

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